Menina de 5 anos é picada por jararaca e vai a dois hospitais até ser atendida no DF
PMs socorreram a criança e a levaram para o Hospital da Asa Norte e para o Hospital Materno Infantil de Brasília
Brasília|Do R7, em Brasília

Uma menina de 5 anos foi socorrida pela Polícia Militar do Distrito Federal depois de ser picada por uma jararaca filhote na noite de segunda-feira (3). Segundo a corporação, a criança foi picada no Altiplano Leste, e a avó, em desespero, buscou ajuda no Posto Policial Rodoviário do Lago Sul, onde os policiais a levaram para a emergência do HRAN (Hospital Regional da Asa Norte).
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Ao chegarem à unidade, contudo, a equipe teve a informação de que não havia pediatras disponíveis. A recomendação era seguir para o HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília).
Lá, a menina recebeu os primeiros socorros, mas no local não contava com o soro antiofídico necessário para tratar a picada da jararaca.
Os policiais, então, acompanharam um chefe da farmácia do hospital para o HRAN, onde coletaram o medicamento e retornaram para o Hospital Materno Infantil. A menina recebeu o soro e ficou internada, com previsão de alta em um ou dois dias.
O que fazer?
A Secretaria de Saúde do DF destaca que o atendimento médico imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e redução de possíveis sequelas nos casos de acidentes com animais venenosos.
A principal recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar o médico na rede pública. Nas unidades de saúde, o paciente pode receber o soro antiveneno e a medicação para combater os sintomas do quadro clínico.
Os casos podem ser classificados como leve, moderado e grave. Nesses dois últimos quadros clínicos, na maioria das vezes é necessário aplicar soro. A pasta informa que a medicação é a única capaz de neutralizar o veneno no organismo dos pacientes.
A médica Andrea Amora, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do DF, explica que as primeiras 48 horas, até no máximo 72 horas, são o período essencial para aplicação do soro, para que a fração do veneno no organismo seja neutralizada.
“Após esse período, ele [soro antiveneno] perde a efetividade e, com isso, os pacientes podem ter maiores alterações no quadro clínico, pois o veneno continuará agindo no corpo. Além disso, é preciso o uso racional do medicamento. Em muitos casos, a observação do quadro clínico é mais importante para se avaliar os sintomas”, explica.
Ela alerta que é necessário redobrar os cuidados com crianças menores de 3 anos e com idosos, pois esses grupos concentram os pacientes com maior potencial de gravidade.
Veja unidades com soros antivenenos na capital:
- Hospital Materno Infantil de Brasília, Asa Sul;
- Hospital Regional Guará;
- Hospital Regional Brazlândia;
- Hospital da Região Leste, Paranoá;
- Hospital Regional Ceilândia;
- Hospital Regional Gama;
- Hospital Regional de Santa Maria;
- Hospital Regional Planaltina;
- Hospital Regional Sobradinho;
- Hospital Regional Taguatinga;
- Hospital Regional da Asa Norte (Hran).