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Ministério da Justiça determina revisão de segurança em presídios federais depois de fuga

Fugitivos foram incluídos em lista da Interpol; pasta trabalha com hipótese de participação de servidores na ação dos criminosos

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Ministério acionou PF, que enviou peritos à penitenciária
Ministério acionou PF, que enviou peritos à penitenciária Reprodução/RECORD

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, no fim da tarde desta quarta-feira (14), que determinou "imediata e abrangente" revisão de equipamentos e protocolos de segurança nos cinco presídios federais do país, depois que dois presos fugiram da unidade de Mossoró (RN), nas primeiras horas desta manhã.

Segundo a pasta, o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, foi ao município, após o episódio, acompanhado de seis servidores, para "apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo".

O ministério acionou a Polícia Federal, que enviou peritos à penitenciária, abriu investigação e atua na recaptura de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. A ação de procura aos fugitivos é integrada por mais de 100 agentes federais. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com monitoramento de rodoviais federais, também participam da operação.

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No Brasil, há outras quatro unidades de prisão federal: em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e em Brasília (DF). Os centros recebem lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade, com a finalidade de combater o crime organizado.

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"Desde a sua criação, é referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a LEP (Lei de Execuções Penais)", diz o site da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

Entenda

A secretaria, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, investiga a hipótese de uma obra na prisão de segurança máxima ter facilitado a fuga dos dois, como interlocutores informaram à reportagem. 

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Segundo as fontes, havia ferramentas disponíveis nos fundos do presídio. A Senappen trabalha com a suspeita de cooptação de servidores na ação dos criminosos. Os dois detentos estavam sob regime disciplinar diferenciado (RDD), com regras mais rígidas do que as do regime fechado.

Os dois fugitivos foram incluídos na lista de difusão laranja da Interpol, como adiantou a RECORD. Com isso, alertas sobre Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça serão comunicados a todos os 196 países membros da instituição, com dados como fotos e biometria. Assim, as nações podem monitorar, com mais eficácia, os postos de controle migratório.

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Os fugitivos são faccionados do Comando Vermelho do Acre e estavam presos em Mossoró desde a participação em uma rebelião no estado de origem, em julho de 2023. Esta é a primeira vez na história que uma carceragem federal registra fuga.

A fuga ocorreu entre 3h e 4h da manhã, e logo nas primeiras horas do dia as polícias do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal estavam acionadas para uma megaoperação de recaptura. Um avião da Polícia Federal saiu de Brasília com integrantes do alto escalão do Ministério da Justiça e Segurança Pública para compor um gabinete de crise, já instalado em Mossoró.

Segundo fontes do sistema penitenciário, eles não são líderes com alto poder aquisitivo e são criminosos do front, que têm, nas palavras dos interlocutores, "muita disposição" física e de estratégia. Por conta dessas características, o foco da força-tarefa é prendê-los nas primeiras 72 horas da fuga.

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