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R7 Brasília

Moraes autoriza incluir relatório final da CPMI do 8 de Janeiro em inquéritos das fake news e milícias

O texto foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal pela senadora Eliziane Gama, a relatora da comissão, nesta terça-feira

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Moraes recebeu relatório com 1.300 páginas
Moraes recebeu relatório com 1.300 páginas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que o relatório final da CPMI do 8 de Janeiro seja incluído nos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A decisão de Moraes também permite incluir o texto do colegiado nas investigações sobre as fake news, as milícias digitais e o monitoramento de celulares e tablets, sem autorização judicial, por parte de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Nesta terça-feira (24), a relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), entregou o relatório final do colegiado ao ministro, além da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Polícia Federal (PF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Cabe agora aos diversos órgãos avaliar as medidas necessárias para atender às conclusões da comissão.

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O documento, com 1.300 páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, inclui imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os pedidos de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais 60 pessoas por associação criminosa, violência política e abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.

Segundo Moraes, o relatório final aponta um "reiterado procedimento atentatório à Democracia adotado pelas milícias digitais, além do aparelhamento da Polícia Rodoviária Federal e do desvirtuamento do órgão central de inteligência como graves instrumentos de ataques ao sistema eleitoral e suas instituições, em especial, o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral". 

"Da mesma maneira, a CPMI investigou as tentativas de obstrução das eleições e, posteriormente, de sua anulação, com bloqueios de rodovias, acampamentos golpistas, a presença de grupos paramilitares, a noite de vandalismo de 12 de dezembro, a tentativa de explosão do aeroporto em 24 de dezembro", lembrou o ministro. 

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