Obesidade atinge 22% da população do Distrito Federal, aponta pesquisa
Alto índice de sobrepeso aumenta riscos de doenças crônicas; no mundo, uma a cada oito pessoas, está muito acima do peso
Brasília|Do R7, em Brasília
Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que 22% da população do Distrito Federal se autodeclara obesa, percentual que representa um em cada cinco habitantes. O número coloca a obesidade entre as doenças crônicas mais prevalentes em toda a população. O tema já foi motivo de alerta da Organização Mundial de Saúde, que no começo do mês avisou que o mundo alcançou a marca de 1 bilhão de pessoas obesas, o equivalente a uma em cada oito pessoas muito acima do peso.
Os parâmetros mundiais e locais considerados é o índice de massa corporal, quando o IMC está acima de 30. A medida internacional é calculada dividindo o peso pelo quadrado da altura. Uma pessoa que mede 1,70 metro, por exemplo, é considerada obesa quando o ponteiro da balança ultrapassa 86,7 kg.
Existem três graus de obesidade, que variam de acordo com o índice de massa corporal (IMC) do indivíduo:
-> Obesidade 1 – IMC de 30 a 34,9;
-> Obesidade 2 – IMC de 35 a 39,5;
-> Obesidade 3 – IMC de 40 para cima.
Referência técnica distrital em endocrinologia da Secretaria de Saúde, Flávia Franca Melo explica que quanto maior o grau de obesidade, maior a chance de aparecimento de outras complicações. “Problemas articulares; resistência à ação da insulina, podendo levar à diabetes; pressão alta; problemas cardiovasculares… tudo isso está relacionado à obesidade. E pelo menos 50% dos casos de câncer de endométrio também. É uma doença que prejudica o funcionamento do organismo como um todo”, diz.
A especialista reforça que os cuidados são baseados em mudanças de estilo de vida e que a Secretarai de Saúde articula a compra de um medicamento que será utilizado em obesos com diabete tipo 2 associada a problemas cardiovasculares e também em adolescentes entre 12 e 18 anos.
Atualmente, a rede pública do DF conta com 55 nutricionistas e com o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão. O paciente passa por dois anos de acompanhamento multiprofissional e caso não obtenha resultados positivos, a cirurgia bariátrica pode ser recomendada. Para fazer o procedimento pela rede pública de saúde, é preciso ter obesidade grau 2 com comorbidades ou ser diagnosticado com obesidade grau 3.