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PEC do estouro deve ser votada na Câmara dos Deputados nesta terça

Expectativa é que o texto seja aprovado da forma como foi enviado pelo Senado, mas grupo de parlamentares quer sugerir emendas

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados Plenário da Câmara dos Deputados

A expectativa da equipe de transição é que a PEC do estouro comece a ser analisada no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13). Já aprovado no Senado, o texto não passará por comissões após ter sido incorporado a uma outra PEC que já tramitava na Casa.

Pelas articulações entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), espera-se que a votação da PEC na Câmara seja finalizada nesta quarta (14) — no Senado, a votação em dois turnos ocorreu na mesma noite, na última quarta (7).

O próximo governo conta com a finalização nesta semana para fechar o Orçamento de 2023. "Estamos confiantes na aprovação da matéria na Câmara dos Deputados, sem modificações, até quarta-feira (14)", disse o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento.

Há, no entanto, um movimento de parlamentares da base aliada com a intenção de frear a tramitação e fazer com que o texto seja modificado, com reduções no prazo e valores da PEC. O Senado aprovou a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões para bancar o incremento do Bolsa Família e garantir a continuidade de outras políticas públicas.

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Mesmo com as divergências, aliados de Lula estimam que já há 350 votos favoráveis de deputados para passar a proposta sem modificações. Para passar uma PEC, é preciso a aprovação de três quintos dos parlamentares — no caso da Câmara, 308 dos 513 deputados devem dar aval ao texto, nos dois turnos.

Caso não haja modificações, o texto segue para promulgação e é incorporado à Constituição. Para garantir esse cenário, o próprio presidente eleito tomou a frente nas articulações dentro da Câmara. "Farei quantas conversas forem necessárias para que a PEC possa ser aprovada na Câmara da mesma forma que foi aprovada de forma extraordinária no Senado, por 64 votos", disse Lula em entrevista coletiva na última sexta (9).

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Outro fator que complica as conversas com a Câmara é a tensão de deputados quanto ao julgamento do orçamento secreto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lira, que é defensor desse sistema, mostrou desconforto quando o assunto entrou na mira da Corte. O STF vai retomar a discussão nesta quarta (14), e a ideia de Lula é se desvincular da pauta do Judiciário. "Eu não tenho nenhum poder de interferência para decidir quando e como vão votar", disse Lula. 

Distribuição de verbas extrateto

Caso o texto seja aprovado sem modificações, o relator-geral do Orçamento já detalhou como serão distribuídos os R$ 145 bilhões extrateto previstos pela PEC do estouro. Desse total, R$ 75 bilhões vão para o Ministério da Cidadania, pasta responsável pelo Bolsa Família. O montante visa garantir o pagamento do auxílio de R$ 600, além dos R$ 150 por filho de até 6 anos.

O restante da verba será distribuída entre 17 áreas, sendo que a saúde recebe 22,7 bilhões e a educação, outros R$ 11,2 bilhões. 

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