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PGR diz que ex-chefes de investigação do caso Marielle atuaram para proteger mandantes

Apontados como mandantes do assassinato da vereadora foram presos na manhã deste domingo (24) em operação da PF

Brasília|Gabriela Coelho e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

PGR diz que ex-chefes de investigação do caso Marielle atuaram para proteger mandantes
PGR diz que ex-chefes de investigação do caso Marielle atuaram para proteger mandantes Câmara Municipal do Rio

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o conselheiro Domingos Inácio Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa são autores intelectuais dos crimes de homicídio contra a vereadora Marielle Franco e seu motorista e que Giniton Lages, delegado à frente do caso na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e Marco Antonio de Barros Pinto, também da investigação, atuaram posteriormente aos delitos, com o fim de embaraçar as investigações e proteger os seus mandantes e executores materiais.

Apontados como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos na manhã deste domingo (24), em uma operação da Polícia Federal, com participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho, é deputado federal do União Brasil pelo Rio de Janeiro. Assim como Marielle, ele era vereador do município quando o assassinato ocorreu. O envolvimento do parlamentar fez com que as investigações fossem ao STF, já que Chiquinho tem foro privilegiado. A relatoria do processo foi distribuída por sorteio ao ministro Alexandre de Moraes, da Primeira Turma, por se tratar de uma ação criminal.

Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou aos investigadores, em delação premiada, que Domingos teria encomendado o crime.

Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele, Marielle Franco. Os três, segundo os investigadores, travavam disputas na área política do estado.

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