Ricardo Lewandowski propõe desarmamento da população
Em evento em SP, ministro ressaltou que a revisão da quantidade de armas nas mãos de civis é um dos desafios do próximo governo
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski defendeu o desarmamento da população brasileira, neste sábado (26), durante evento que discute prioridades do país para os próximos anos. Lewandowski propôs rever a quantidade de armas em circulação entre civis, que, segundo ele, é "absolutamente desproporcional aos eventuais perigos que as armas querem afastar".
O magistrado discursou durante painel que debateu o equilíbrio e a segurança do Judiciário no Brasil, em fórum promovido pela Esfera Brasil, que reuniu autoridades, especialistas e políticos, entre integrantes do grupo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lewandowski elencou dez desafios que devem ser enfrentados pelo próximo governo. Entre os pontos citados pelo ministro estão a reforma tributária, a pacificação do país, o restabelecimento da harmonia entre os Poderes, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a recuperação do sistema educacional, a promoção da inclusão social e a reativação da economia brasileira.
Outro tema apontado pelo ministro foi a restauração da segurança pública, por meio do combate a milícias e ao crime organizado e da reforma do sistema penal. "Precisamos caminhar para o desencarceramento. Os presídios são escolas de criminalidade", afirmou.
A reforma tributária foi defendida pelo também ministro do STF Luís Roberto Barroso mais cedo, no mesmo evento. Nesta sexta (25), Fernando Haddad (PT), cotado para ministro da Fazenda do terceiro mandato de Lula, afirmou que a reforma tributária é a prioridade total do presidente eleito, durante almoço com banqueiros.
Para Ricardo Lewandowski, a revisão dos impostos brasileiros é necessária para tributar menos a produção e o consumo e avançar para onerar a renda. "Precisamos reativar nossa economia, duramente atingida pela pandemia da Covid-19, pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pela alta dos preços do petróleo. Para isso, precisamos de investimentos públicos, privados, nacionais e internacionais", detalhou.