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Tebet garante que Lula vai dar aumento real do salário mínimo a partir de 2024

Segundo a ministra, essa medida é uma promessa de campanha e, por isso, 'não há a menor chance' de não ser concedida

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Ministra do Planejamento, Simone Tebet
Ministra do Planejamento, Simone Tebet

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai conceder aumento real no salário mínimo em 2024. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que estabelece quais serão as metas e prioridades do governo para o ano, não leva em conta a elevação acima da inflação e fixa o valor em R$ 1.389 para o próximo ano. 

"Óbvio que não há a menor chance de o presidente, no ano que vem, não dar o aumento real do salário mínimo. Ele virá não só com aumento da inflação, mas com o percentual permitido pelo espaço fiscal. Que se tire de qualquer lugar, mas o presidente não vai descumprir uma promessa de campanha, assim como fez durante os oito anos nos dois mandatos anteriores", declarou a ministra. 

Tebet explicou que não houve aumento real em nenhuma despesa, no primeiro momento, e que a premissa também foi considerada para o salário mínimo. "Colocamos apenas aquele aumento determinado pela Constituição, que é o salário mínimo mais a atualização de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para que não haja perda."

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Esse incremento acima da inflação, no entanto, depende da aprovação das novas regras fiscais (o arcabouço fiscal), que vai substituir o teto de gastos, para assim liberar R$ 172 bilhões extras já previstos na PEC do estouro, que abriu espaço no Orçamento de 2023 para bancar os compromissos feitos pelo presidente Lula durante a campanha eleitoral.

Durante a apresentação do PLDO, a ministra reforçou a necessidade da aprovação das novas regras fiscais, inclusive para garantir os reajustes promovidos pelo governo. "Todos os programas sociais ficariam comprometidos naquilo que avançou do ano passado para cá", disse, citando comprometimento no Minha Casa, Minha Vida; manutenção da malha rodoviária federal; desenvolvimento da Educação Básica; bolsas do Capes; Farmácia Popular; e Atenção Básica.


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O projeto foi baseado no teto de gastos, que atualmente é a norma que define parâmetros para as contas públicas do país. Assim, o crescimento das despesas da União fica atrelado à inflação do ano anterior, já que as novas regras fiscais ainda não foram aprovadas pelo Congresso.

Tebet afirmou que a proposta com o arcabouço foi assinada nesta segunda-feira e que depende da Casa Civil e do presidente Lula a publicação. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o texto será entregue ao Congresso nesta terça-feira (18). Segundo ele, a expectativa é que a matéria seja votada em, no máximo, 20 dias. "Há clima político para votar", afirmou. 

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