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Novo Jeep Grand Cherokee reforça pegada alternativa contra rivais europeus

Visual e câmbio modificados dão força ao menos americano dos SUVs

Carros|Rodrigo Ribeiro, do R7*

Novos para-choques e faróis deram ao novo Grand Cherokee um visual mais agressivo
Novos para-choques e faróis deram ao novo Grand Cherokee um visual mais agressivo
Traseira foi inspirada no novo Dodge Durango
Traseira foi inspirada no novo Dodge Durango
Interior atualizado se destaca pela nova manopla do câmbio
Interior atualizado se destaca pela nova manopla do câmbio

Luzes de condução diurna (DRL) em LEDs, transmissão automática de oito marchas e profusão de itens eletrônicos na cabine: tanto por fora, quanto por dentro, o novo Jeep Grand Cherokee tem mais elementos inspirados em modelos europeus do que em seus rivais norte-americanos. A pegada mais refinada do modelo, realçada na atual geração (de 2011), ficou ainda mais evidente na reestilização da linha 2014, que chega nos próximos dias às lojas brasileiras com visual, mecânica e preços atualizados.

Apresentado há um ano nos EUA, o novo Grand Cherokee chega ao Brasil nas mesmas versões oferecidas para o modelo anterior: Laredo (R$ 185,9 mil) e Limited (R$ 214,9 mil). A diferença entre elas é basicamente a oferta de acessórios e elementos estéticos. A mecânica segue quase inalterada: o motor V6 de 286 cv é o mesmo do Grand Cherokee anterior, já a transmissão automática de cinco marchas foi substituída pela vedete do segmento de luxo: a caixa de oito velocidades da ZF.

Mais opções de mudança

O novo câmbio, aliás, é a principal mudança mecânica do jipão americano. Segundo a Chrysler, o Grand Cherokee 2014 teve a suspensão recalibrada para ficar mais firme, mas a mudança é pouco perceptível e não afeta a maciez típica do modelo.


O jeitão molenga, aliás, é um dos diferenciais do modelo em relação à — literalmente — dura concorrência europeia. Enquanto modelos como Land Rover Freelander e Mercedes-Benz GLK oferecem uma dirigibilidade ímpar para o segmento, o Jeep é mais voltado ao conforto.

O motor V6 Pentastar tem fôlego para empurrar o jipão com mais de 2,1 toneladas morro acima, mas o desempenho só é entregue com um pouco de paciência: subidas e ultrapassagens são obrigatoriamente acompanhadas de até quatro reduções de marcha. Além de funcionar melhor em rotações elevadas, o propulsor é sedento: são 7 km/l de consumo urbano, segundo a marca.


Para economizar, o carro oferece um "modo economia" ao toque de um botão. Quando acionado, ele altera a resposta do acelerador, recalibra o câmbio automático e reduz até a marcha lenta do motor (quando o ar-condicionado digital de duas zonas está desligado).

Apesar de a carroceria inclinar excessivamente em curvas, a suspensão cumpriu bem a tarefa de filtrar buracos e valetas no trajeto feito por R7 Carros na região de Barueri (SP). O bom espaço interno para cinco adultos (são 2,91 m só de entre-eixos) foi mantido, com destaque para o maior silêncio na cabine — mérito da nova transmissão.


Visual

A proposta de conforto do Grand Cherokee continua com as atualizações feitas na cabine: equipado com uma grande tela de LCD, o quadro de instrumentos agora é parcialmente customizável, podendo alterar as informações apresentadas ao motorista. Não é como no Land Rover Vogue, mas é um diferencial no segmento.

Repaginado, o console central recebeu uma nova alavanca de câmbio eletrônica (dotada somente de conexões elétricas com a transmissão) e um sistema multimídia atualizado, com tela sensível ao toque e opção de até três entradas USB na versão Limited.

Sem teto

A variante mais cara do Grand Cherokee, aliás, diferencia-se basicamente pelas rodas de 20 polegadas (contra 18 na Laredo), sistema multimídia com GPS e tela de 8,8 polegadas, memória de ajuste dos bancos, sensores de estacionamento dianteiros e abertura elétrica da tampa do porta-malas.

O escapamento com ponteiras duplas é novidade na versão Limited, mas o teto-solar não será mais oferecido no Brasil. O motivo é que o novo Grand Cherokee agora adota opcionalmente um teto panorâmico, que avança até a segunda fileira de bancos. O sistema, além de mais caro, dificulta a blindagem — destino de uma parcela considerável do modelo após sair da concessionária.

Modesto

Melhorado, o novo Jeep Grand Cherokee aposta em conforto e espaço extras para brigar contra seus modernos rivais europeus. Acompanhando a recuperação da Chrysler no Brasil (e no mundo), o SUV tem potencial para fazer frente no segmento, mas a meta de vendas é discreta: 2 mil carros até o fim do ano.

O crescimento de 33% em relação a 2014 será sustentado pelo novo visual e também pela versão diesel, confirmada para março e responsável por metade das vendas do modelo. Era possível ir além, com a venda das versões V8, incluindo a esportiva SRT8. Mas estas estão fora dos planos da Chrysler, pelo menospor enquanto.

*Test-drive feito a convite da Chrysler do Brasil

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