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Outubro Rosa: ‘Diagnóstico não é sentença de morte’, diz jogadora de rugby que venceu câncer

Em bate-papo exclusivo com o R7 Entrevista, Raquel Kochhann fala de carreira, evolução do esporte no Brasil e superação do câncer de mama

Entrevista|Filipe Pereira*, do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Raquel Kochhann, atleta de rugby, superou o câncer de mama e se tornou inspiração para outras mulheres.
  • Em 2024, ela foi porta-bandeira do Brasil nas Olimpíadas de Paris, após uma trajetória desafiadora.
  • A atleta destaca a importância do diagnóstico precoce do câncer e o apoio de sua equipe durante o tratamento.
  • Raquel acredita que cada adversidade traz oportunidades e incentiva a vida ativa mesmo durante a luta contra a doença.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Apesar de diversos percalços, como o câncer de mama e uma hérnia de disco, Raquel Kochhann manteve a positividade e se tornou símbolo de superação para outras mulheres Arquivo Pessoal

Destaque da seleção brasileira de rugby sevens, Raquel Cristina Kochhann teve a chance que poucos atletas têm de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A catarinense, de 33 anos, que saiu do interior do estado para estudar educação física, encontrou no esporte uma paixão para a vida. Mas o sonho de seguir na carreira foi ameaçado de maneira abrupta.

Aos 29, Raquel foi diagnosticada com um câncer de mama, que evoluiu para uma metástase no osso esterno, notícia que poderia significar o fim definitivo na trajetória esportiva. No entanto, com determinação e positividade invejáveis, ela superou os desafios impostos pela doença e, hoje, usa sua história para inspirar milhares de pessoas dentro e fora dos campos.


“Eu sou muito grata pelas oportunidades que tive, porque uma coisa que eu levo como filosofia de vida é que cada adversidade traz uma oportunidade”

(Raquel Kochhann)

Nessa jornada, a jogadora não esteve sozinha. Além da família, ela contou com o apoio de suas companheiras de time durante todo processo de tratamento e recuperação. Da mesma forma, ela faz questão de retribuir o carinho de suas parceiras e ajudar no crescimento da equipe.

Nos gramados e na vida, a lista de conquistas de Raquel são impressionantes. Na Rio 2016, debutou com o Brasil a primeira participação da seleção feminina da modalidade em uma Olimpíada. Já nos Jogos de Tóquio 2020, além das adversidades da pandemia de Covid-19 e após uma cirurgia de hérnia de disco, voltou a enfrentar a mesa de cirurgia para fazer a mastectomia bilateral e tratar um rompimento do LCA (ligamento cruzado anterior).


Depois de se recuperar e desenvolver do zero um colete para proteger o peitoral durante as partidas, Raquel teria uma das maiores honras da vida: em Paris 2024, a jogadora fez seu grande retorno ao lado das Yaras — como são conhecidas as atletas da seleção de rugby — e recebeu o convite para ser porta-bandeira do Brasil com ninguém menos que o canoísta Isaquias Queiroz — atleta muito admirado por ela.

Neste ano, ao lado da seleção, pôde participar de mais um momento histórico ao entrar em campo pela primeira vez com o time de rugby 15 brasileiro em uma Copa do Mundo Feminina — o país foi o primeiro representante da América do Sul a participar da competição, que ocorreu entre os meses de agosto e setembro na Inglaterra.


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Em bate-papo exclusivo com o R7 Entrevista especial em homenagem ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, celebrado neste domingo (19), Raquel relembrou momentos marcantes de sua carreira, a evolução do rugby no país, uma situação inusitada em Tóquio e sua jornada de superação contra a doença.

Confira a entrevista na íntegra:


R7 — Como é viver uma vida tão cheia de mudanças e desafios?

Raquel Kochhnann — Eu sou muito grata a Deus pela vida e pelas oportunidades que eu tive, porque uma coisa que eu levo como filosofia de vida é que cada adversidade traz uma oportunidade. Então, todos os desafios ou coisas que a gente pode talvez julgar serem um pouco complexas, elas trouxeram algo muito melhor, como uma recompensa.

Começando pelo primeiro desafio de mudar de cidade. Foi algo bem diferente, mas aí conheci o esporte incrível que me levou a conhecer o mundo. Ou o próprio momento do tratamento do câncer, o diagnóstico sempre é algo que te deixa meio que ‘nossa, um diagnóstico de câncer’, mas acabou que me trouxe muitas oportunidades para ressignificar muita coisa na minha vida, tanto que o meu corpo, hoje, é muito mais forte e melhor do que ele era antes do início do tratamento.

E também posso usar essa história para inspirar outras mulheres e mostrar que existe, sim, vida depois de um diagnóstico de câncer, que ele não é uma sentença de morte e que a gente pode ter uma vida muito boa com grandes conquistas. A gente nunca imaginou que uma representante do rugby pudesse ser porta-bandeira dos Jogos Olímpicos e a gente conseguiu colocar a nossa cara, o nosso esporte na vitrine, sendo o exemplo de todos os esportes de um país. Então, acho que trouxe muito mais coisas boas do que coisas ruins. São desafios que só servem para nos fortalecer.

R7 — O rugby tem ganhado mais popularidade no Brasil, e a sua história tem ajudado nisso. Como você vê esse crescimento e a importância dessa visibilidade, tanto das Yaras como de outras mulheres no esporte e na modalidade?

Raquel — É o crescimento do rugby. É uma coisa que a gente já vem buscando há muito tempo, para levar esse esporte para o maior número de pessoas, não só na questão do alto rendimento, mas pelos valores que o nosso ele carrega. Então, que a gente consiga disseminar e levar cada vez mais esses valores para o maior número de pessoas, sempre cativando o interesse do público no geral.

E as Yaras, é o que a gente fala, né? Para mim, o nosso time é como uma família, porque a gente acaba sempre sendo um grupo que une as nossas forças individuais para se tornar uma força só. O rugby e as Yaras carregam isso muito bem, conquistando coisas que pareciam antes impossíveis.

A gente fez história e é só o começo dessa caminhada. A gente teve, pela primeira vez, um time de rugby bicampeão do Panamericano Junior, e as nossas meninas conseguiram ganhar das grandes potências, como Canadá e Estados Unidos. Então, a gente vê que o investimento no nosso esporte não é só no alto rendimento adulto, mas, sim, no fomento da base.

Ao lado das Yaras, Raquel ajudou a popularizar o rugby no país Arquivo Pessoal

R7 — Cada Olimpíada tem uma atmosfera diferente, uma situação diferente. Quais foram os momentos mais marcantes para você nessas competições?

Raquel — A primeira Olimpíada no Rio foi a primeira Olimpíada em casa, né? Então, acho que ela já marcou por esse simples fato de a gente poder estar jogando em casa. Mas, para mim, o fato marcante dessa Olimpíada foi que eu queria muito que meus pais fossem assistir. Minha mãe tinha recém-terminado a última quimioterapia, então ela ainda não estava se sentindo apta para fazer uma viagem do Sul até o Rio de Janeiro para assistir. Aí eu convidei a minha irmã, que sempre foi minha parceira. Todos os jogos que tiveram da seleção aqui no Brasil, ela veio assistir.

O estádio estava lotado e, por mais que o Brasil não conheça muito o rugby, tinham muitas pessoas assistindo e torcendo, e no meio de todo o barulho, a bagunça que tinha, eu consegui ouvir a voz da minha irmã: ‘Vamos, mana, você consegue!’. Acho que isso, para mim, é o que deixa mais marcado dessa primeira Olimpíada. Quando estou cansada e acho que não dá mais, me vem aquela vozinha dela na minha cabeça sempre para lembrar de nunca desistir.

Na Olimpíada de Tóquio foi uma Olimpíada um pouco estranha, porque foi sem público. E acho que o que me marcou foi porque, em fevereiro de 2021, operei a coluna porque tive uma profusão discal, e aí eu fiz a cirurgia de hérnia da coluna e voltei a jogar quatro meses antes da Olimpíada. Então, para mim, essa Olimpíada também foi um retorno, porque eu achei que eu não ia mais nem conseguir voltar a jogar. Antes da cirurgia, eu não conseguia mais nem caminhar direito porque a minha perna direita ficou totalmente travada por conta da hérnia.

E Paris? Foi com todos os percalços da vida, eu consegui ainda, até não só pelo retorno do tratamento do câncer, mas, um mês antes da Olimpíada, a gente teve o qualificatório para a Copa do Mundo de rugby 15, a gente jogou contra a Colômbia e conseguiu a vaga. E, nesse jogo, eu tive uma entorse muito feia no meu tornozelo, acho que foi a entorse mais feia que eu já tive. Então, esse lance quase me tirou da Olimpíada, mas o treinador acreditou que eu conseguiria recuperar e voltar. Eu voltei a treinar na semana pré-Olimpíada, que eu consegui voltar a pisar, correr.

E aí a gente teve um momento marcante, foi com 100% de certeza a gente poder ser porta-bandeira dos jogos, de poder carregar a bandeira naquele momento incrível que todo mundo está olhando pra gente, para o nosso barco, e a gente sempre colocando um pouquinho de rugby ali no meio.

R7 — E já fez um pouco mais de um ano que você foi a porta-bandeira do país nas Olimpíadas de Paris. Qual foi a sensação?

Raquel — Achei uma sensação de gratidão e de muita alegria porque a gente conseguiu alavancar muito o nosso esporte. Tanto que a gente conseguiu, depois de um grande tempo, mais apoio e mais visibilidade para nossa modalidade. E, principalmente, o que fico muito feliz é com a quantidade de mensagens que recebo de mulheres ou de familiares de mulheres que tiveram o diagnóstico e que usam a minha história como uma forma de ter mais energia para encarar o tratamento, como algo positivo para transformar a vida delas em algo melhor.

Então, acho que isso para mim é o meu maior feito, ter sido porta-bandeira colocou toda a história na vitrine e muitas mulheres, por mais que não seja diretamente relacionado ao rugby e ao esporte, tem isso como uma inspiração.

R7 — O Brasil foi recentemente à Copa do Mundo Feminino com o rugby 15 como o primeiro representante sul-americano no torneio. O que essa conquista representa para o esporte no país?

Raquel — Foi um momento muito emocionante, foi incrível estar jogando uma Copa do Mundo. Essa Copa também foi um evento que quebrou muitos recordes, quebrou recordes de público, quebrou muitos outros recordes ali e era incrível esse momento de a gente estar lá em todos. Os estádios, todos os nossos jogos tinham todos os ingressos vendidos, então os estádios eram cheios e não eram estádios tão pequenos, não. Acho que essa energia de a gente estar num país que respira e ama esse esporte e a gente colocando o Brasil lá, mostrando que o Brasil é muito mais do que só o país do futebol, que ele é um país que tem muitos outros esportes e que o rugby está ali lutando para conquistar seu espaço.

A gente conseguiu colocar o nosso nome entre as melhores seleções do mundo de um esporte supertradicional em outros países e que é pouco conhecido no nosso. Se com pouca visibilidade aqui dentro, a gente já consegue todos esses feitos, imagina se a gente tivesse um pouco mais de apoio e mais pessoas interessadas na nossa modalidade, onde a gente poderia estar no ranking mundial?

R7 — Como você acha que a sua mentalidade, o seu pensamento positivo, foi fundamental para esse momento tão difícil do tratamento do câncer?

Raquel — Acho que não só o meu pensamento, mas principalmente das pessoas que me cercaram, o ambiente que a gente está inserido faz muita diferença nesse processo. Quando eu recebi a notícia, que eu tive o diagnóstico, a primeira pessoa que eu liguei para contar foi para minha mãe. E aí, a resposta da minha mãe foi: ‘Eu estou indo para São Paulo para cuidar de ti’. Eu falei ‘não, mãe, calma, não precisa, no começo vai ter muita gente me dando atenção, eu vou ter bastante cuidado’. Ela me respondeu: ‘Eu não quero saber, eu estou indo para São Paulo cuidar de ti’, e quem vai negar um carinho de mãe, né?

Depois fui contar para as meninas do time. Quando eu falei que eu estava com câncer, a reação de todo mundo foi tipo baixar a cabeça. Sabe quando você sente aquele ar que até fica mais pesado? Aí falei: ‘Galera, quero ninguém com clima de velório aqui, não. Aproveita esse momento, façam piada, vamos nos divertir com isso também como a gente sempre fez’.

Uma das meninas olhou assim e falou: ‘Ah, Raquel, sabe que sem os peitos você vai correr mais rápido, né?’, aí todo mundo caiu na gargalhada e já ficou aquele clima leve. Eu falei: ‘É isso que eu quero, levar desse jeito todo o tratamento’. E eu acho que isso fez muita diferença, porque a todo momento a gente tinha uma energia muito leve ao meu redor, alguma coisa que era fácil me manter positiva.

E uma coisa que eu tinha durante todo o processo também era que eu nunca pensava no longo prazo, ‘ah, quando eu vou terminar?’, ‘quando eu vou sair?’. Era muito mais simples para mim pensar nas coisas que estavam no meu controle.

Eu recebi muitas mensagens ainda de energia positiva, algumas pessoas com medo de vir falar sobre, até hoje, mas eu não tenho problema nenhum e eu acho muito importante que a gente fale sobre. Quanto mais a gente fala, mais a gente compartilha experiências, mais a gente troca informação. Acaba sendo que se torna um processo mais fácil para outras pessoas também verem que existe uma vida pós, né? Que não é só aquilo e que tu não precisa viver para aquilo.

Raquel exalta que apoio da família e das companheiras de time foram essenciais para luta contra o câncer de mama Arquivo Pessoal

R7 — Você parece tão inabalável, que não tem medo de nada. Do que você tem medo?

Raquel — Vixe, eu tenho medo de um monte de coisa (risos). Tenho medo de aranha, meu trauma de infância. Eu sempre compartilho essa história que, quando eu era criança, meu irmão e minha irmã sempre tiveram problemas de saúde e eu sempre fui uma criança muito saudável. A única vez que fui parar num hospital quando eu era criança foi porque levei uma picada de aranha, então tenho muito medo. Eu tenho trauma de aranha, realmente medo, eu ‘respeito’ muito ela.

De coisas da vida, meio que uma filosofia que levo é o controlar o controlável. Eu talvez tenha um pouco de medo de não ter as coisas no meu controle, então eu sempre vou com passos pequenos, aonde consigo tentar não me preocupar ou querer resolver coisas que não estão no meu controle. Acho que isso talvez se somaria a algo que não é palpável.

R7 — E não tem como você controlar o que a aranha vai fazer, né?

Raquel — É, vai que ela queira pular em mim. Não, deixa ela lá e eu aqui (risos). Teve até uma história muito engraçada sobre a aranha. Quando a gente foi para a Olimpíada de Tóquio, a gente ficou um pouco numa outra cidade, que era menorzinha, bem uma cidadezinha de interior, e eu estava dividindo o quarto com a Marina Fioravanti, que é uma das meninas do nosso time. Ela é vegana e é toda da proteção dos animais. E aí entrei no quarto e tinha uma aranha no quarto, fiquei desesperada.

Eu estava em cima da cama e ela não queria matar a aranha, queria levar ela para fora. Eu falei: ‘Se tu não levar essa aranha lá para fora e eu ver que tu colocou ela lá fora, eu não vou dormir de noite’. A gente ficou meia hora nessa discussão, até ela conseguir com, acho que uma folha de caderno, um papel, alguma coisa, e aí ela lá na janela: ‘Tá vendo que a aranha era uma aranhazinha desse tamanho?’. Aí ela a jogou pra fora, eu fechei a janela e falei: ‘Tá bom, agora eu posso dormir aqui’.

R7 — Qual lição, tanto para sua vida profissional como na pessoal, essa experiência do câncer te trouxe e que você carrega?

Raquel — É o de aproveitar cada momento, porque a gente nunca sabe quando vai ser o último, né? A gente fala sobre dentro de campo, é aproveitar cada minuto que a gente tem dentro de campo, cada minuto que pode estar fazendo o que a gente mais ama, porque nunca se sabe quando pode ser nosso último jogo, quando pode ser o último momento que a gente tava aproveitando. E acho que pra vida também, não só pelo câncer, mas a gente tá sujeito a tanta coisa na vida o dia inteiro.

Não colocar dinheiro acima de qualquer coisa, porque a gente não sabe até quando vai viver, e acho que uma coisa que levo muito para mim é realmente isso. Então, acho que essa é a mensagem da coisa mais importante que eu levo hoje: é aproveitar cada momento que a gente tem, independente de ser com alguém ou consigo mesmo.

R7 — Qual a importância de as mulheres terem noção do autoexame, assim como você notou o seu nódulo com essa técnica? Qual a importância de se falar sobre isso?

Raquel — A gente tem medo de falar ou vergonha de falar sobre o câncer, mas ele é um tema que precisa ser muito conversado. E o diagnóstico precoce, quanto mais cedo a gente tem esse diagnóstico, menos invasivo é o tratamento. E quem pode ajudar nesse diagnóstico precoce é cada um individualmente, quem conhece o nosso corpo somos nós mesmos.

Então, não ter vergonha de se tocar, não ter vergonha de se olhar no espelho e reconhecer se tem qualquer coisa diferente, de realmente não ter vergonha de perceber algo e de compartilhar isso, buscar ajuda para que isso não se transforme em algo grande. Muitos dos casos em que o câncer está muito avançado é porque a pessoa até acabou percebendo cedo, mas teve vergonha de falar sobre, não queria descobrir ou não queria contar que aquilo estava acontecendo, e acho que o caminho precisa ser muito contrário.

Realmente salientar a importância de que um diagnóstico precoce se torne um tratamento muito menos invasivo. Então, se toquem, não tenham medo, não tenham vergonha. Qualquer coisa que perceber de diferente, procura um médico especialista que ele vai ajudar a dar o melhor direcionamento.

Com história de superação e autoestima, jogadora se tornou voz e inspiração para outras mulheres no rugby e no tratamento contra o câncer Arquivo Pessoal

R7 — Qual recado você gostaria de deixar para outras mulheres que estão na luta contra o câncer de mama, ou qualquer pessoa que esteja enfrentando o câncer?

Raquel — A minha mensagem é: curta cada dia com alegria, não deixa a doença se tornar o foco, seja tu o foco. A gente controla a nossa energia e a nossa alegria, por mais que às vezes o corpo esteja cansado, talvez debilitado por causa do tratamento, como a gente vai encarar isso? Vai fazer muita diferença no tratamento.

Então, manter uma energia alta, fazer coisas que gosta de fazer. ‘Ah, eu gosto muito de ler um livro’, pega o tempo pra ti ler um livro. ‘Eu gosto muito de cozinhar’, ‘eu gosto de martelar prego’, que seja! Não deixa de fazer o que tu gosta de fazer. Ou realmente tente se sentir útil, continue fazendo coisas, mesmo que de maneira mais controlada, mas não deixe de viver por causa da doença. Aprenda a conviver com ela, que vai ser muito mais leve.

*Sob a supervisão de Júlia Ramos, editora do R7

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