Bilionários entram em disputa milionária por fósseis de dinossauros
Disputa por fósseis raros movimenta milhões em leilões e transforma ossadas pré-históricas em símbolos de status entre bilionários
Internacional|Do R7

Ossos de dinossauros se tornaram os novos objetos de desejo entre bilionários, superando até mesmo obras de arte em leilões de alto valor.
Estrelas de Hollywood, investidores e magnatas da tecnologia estão desembolsando quantias astronômicas para garantir fósseis raros em suas coleções privadas — ou simplesmente para exibi-los como símbolos de status.
No ano passado, o bilionário Ken Griffin, conhecido por sua atuação no mercado financeiro, pagou cerca de R$ 262 milhões por um esqueleto de estegossauro com aproximadamente 150 milhões de anos.
Batizado de “Apex”, o fóssil de 254 ossos tem dimensões comparáveis às de um ônibus e se tornou o mais caro já adquirido em leilão. Após a compra, Griffin cedeu temporariamente o esqueleto ao Museu Americano de História Natural, em Nova York.
A busca por esses fósseis, no entanto, nem sempre é motivada por interesse científico. Um paleontólogo ouvido pelo “New York Post” aponta que a valorização extrema desses itens tem gerado uma disputa entre os ultrarricos, transformando os leilões em arenas para quem pode pagar mais.
Atores famosos também já entraram nessa corrida. Nicolas Cage e Leonardo DiCaprio, por exemplo, disputaram o crânio de um Tiranossauro Bataar, de 67 milhões de anos.
Cage arrematou a peça por cerca de R$ 1,6 milhão, mas, anos depois, precisou devolvê-la à Mongólia ao descobrir que havia sido traficada ilegalmente.
Algumas aquisições acabam em coleções particulares, enquanto outras são destinadas a museus. Foi o caso de “Stan”, um dos mais completos esqueletos de Tiranossauro rex já encontrados.
Vendido por cerca de R$ 187 milhões em 2020, ele agora pertence ao Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi e será exibido em um museu de história natural na ilha de Saadiyat, um distrito cultural luxuoso nos Emirados Árabes Unidos.