Prioridade de Trump, chefões do narcotráfico são extraditados do México para os EUA
Narcotraficantes são conhecidos pela brutalidade e domínio do tráfico de drogas na fronteira entre os dois países
Internacional|Do R7

O governo do México extraditou 29 traficantes para os Estados Unidos, incluindo Rafael Caro Quintero, fundador do cartel de Guadalajara e um dos criminosos mais procurados por Washington. A medida faz parte de um acordo entre os dois países para intensificar o combate ao narcotráfico e reduzir mortes ligadas ao consumo de fentanil e ao tráfico de armas.
Caro Quintero, preso em 2022, foi condenado pelo sequestro, tortura e assassinato do agente da DEA Enrique “Kiki” Camarena, em 1985. Sua captura e envio para os EUA são considerados um marco na cooperação entre os países no combate ao tráfico de drogas.
Desde 2020, ele responde a processos em um tribunal federal no Brooklyn por diversas acusações de narcotráfico. Sua fortuna, estimada em centenas de milhões de dólares, foi construída a partir do tráfico de maconha e cocaína nos anos 1980, período em que dominava a rota de distribuição para os EUA.
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Entre os extraditados também está Miguel Ángel Treviño Morales, ex-líder do cartel Zetas, conhecido pela brutalidade de suas operações. Treviño Morales, capturado em 2013, comandava um dos grupos mais violentos do México, responsável por massacres, sequestros e extorsões. A extradição desses criminosos representa um esforço para desarticular as principais lideranças do narcotráfico.
Grupos terroristas
A secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, reforçou que a extradição desses criminosos é uma prioridade para o governo Trump. “Os cartéis são grupos terroristas, e vamos processar esses criminosos com todo o rigor da lei”, declarou.
O governo americano também tem pressionado o México para adotar medidas mais rígidas contra a produção e distribuição de fentanil, droga sintética que tem causado milhares de mortes nos Estados Unidos.
A ofensiva contra os cartéis se intensificou nos últimos anos, com operações conjuntas para desmantelar laboratórios clandestinos e interceptar carregamentos ilegais. Autoridades mexicanas destacaram que as ações coordenadas incluem a troca de inteligência e a intensificação das patrulhas nas fronteiras para impedir a entrada de armas que abastecem os cartéis.