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Quem é Mark Carney, favorito para o cargo de primeiro-ministro do Canadá

Ex-banqueiro central desponta como principal nome na disputa pela liderança do Partido Liberal em meio a guerra comercial com EUA

Internacional|Do R7

Ex-banqueiro central, Mark Carney desponta como principal nome na disputa pela liderança do Partido Liberal Reprodução/X/@MarkJCarney

O Canadá se prepara para conhecer neste domingo (9) o novo líder do Partido Liberal e o sucessor de Justin Trudeau como primeiro-ministro do país. O resultado da votação, restrita aos membros do partido, é esperado para às 18h30 (17h30, no horário de Brasília).

Trudeau, que anunciou sua renúncia em janeiro após perder popularidade devido ao aumento dos preços de alimentos e habitação e ao crescimento da imigração, permanecerá no cargo até a transição.

O ex-banqueiro central Mark Carney, de 59 anos, é o favorito para liderar o país. Ele rivaliza com Chrystia Freeland, ex-vice-primeira-ministra e ministra das finanças. Os dois disputam o cargo em um momento crítico, marcado por uma guerra comercial com os Estados Unidos de Donald Trump.

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Nome testado em crises

Carney foi governador do Banco do Canadá durante a crise financeira de 2008, ajudando o país a se recuperar mais rápido que outras nações ao cortar as taxas de juros para 1% -- o menor nível da história. A estratégia, que incluía uma comunicação clara e promessas de taxas baixas por um período definido, foi pioneira e mais tarde adotada pelo Federal Reserve dos EUA.


Em 2013, ele se tornou o primeiro não britânico a comandar o Banco da Inglaterra em mais de 300 anos. Durante o mandato, modernizou a instituição, introduziu a política de “orientação futura” para incentivar a economia e enfrentou desafios como o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.

Trump e guerra comercial

Se vencer, Carney assumirá em meio a um embate econômico com os EUA, o maior parceiro comercial do Canadá. Em janeiro, Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México. As taxações entraram em vigor na última terça-feira (4), mas foram suspensas na quinta (6) até o dia 2 de abril.


Em resposta, Trudeau retaliou com taxas de 25% sobre US$ 155 bilhões (cerca de R$ 914 bilhões) em produtos americanos, enquanto o México, sob a liderança de Claudia Sheinbaum, também prometeu contra-ataques.

A tensão comercial, somada às declarações de Trump sobre transformar o Canadá no “51º estado” americano, inflamou o sentimento nacionalista. Canadenses vaiaram o hino dos EUA em jogos da NHL e NBA, cancelaram viagens ao país vizinho e passaram a boicotar produtos americanos.

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