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Venezuelanos detidos no Texas formam ‘SOS’ humano como pedido de socorro

Dezenas de imigrantes temem deportação para prisão de segurança máxima em El Salvador

Internacional|Do R7

Um total de 31 homens aparecem formando as letras 'SOS' no pátio do centro de detenção de imigrantes conhecido como Bluebonnet Reprodução/X/ReichlinMelnick

Venezuelanos que estão presos em um centro de detenção no Texas (EUA) manifestaram publicamente seu desespero ao formar as letras “SOS” com os próprios corpos no pátio da unidade. A ação foi captada por um drone e chamou atenção para o medo que muitos têm de serem deportados para o temido presídio CECOT, em El Salvador, conhecido por suas condições extremamente rigorosas.

Um total de 31 homens aparecem formando as letras no pátio do centro de detenção de imigrantes conhecido como Bluebonnet, na cidade de Anson, no Texas. A imagem foi feita no último dia em 28 de abril.

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A tensão aumentou após dezenas de detentos receberem avisos de deportação sob alegações de ligação com a gangue venezuelana Tren de Aragua. Embora muitos tenham se recusado a assinar os documentos, alguns chegaram a ser levados a um aeroporto regional, mas a deportação foi interrompida por uma decisão temporária da Suprema Corte dos EUA.


O governo Trump já deportou 137 venezuelanos para El Salvador invocando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798. A prisão salvadorenha é temida por abusos e superlotação, e a possibilidade de mais deportações preocupa detentos e suas famílias, que negam qualquer ligação com organizações criminosas.


Um dos venezuelanos detidos no Texas não tem antecedentes criminais, mas o Departamento de Segurança Interna alega, sem apresentar provas, que ele seria membro documentado da gangue.


Familiares relataram que os detentos vivem em constante medo de deportação. Muitos se recusam a sair para o pátio com receio de serem levados à força. Em entrevistas, esposas relataram que seus maridos dormem em turnos para que um possa avisar o outro caso os agentes tentem deportá-los durante a madrugada.

Reclamações sobre falta de comida também foram relatadas, mas os administradores do centro afirmam que todos recebem alimentação adequada. Enquanto isso, os detentos aguardam decisões judiciais sem saber se terão a chance de concluir seus processos de imigração.

No dia 26 de abril, um oficial de imigração visitou um dos dormitórios e tentou explicar o processo de remoção baseado na Lei de Inimigos Estrangeiros. Muitos detentos questionaram como poderiam ser considerados inimigos se não tinham antecedentes criminais ou vínculos com gangues. Advogados e defensores dos direitos humanos tentam representar os detentos nos tribunais.

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