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Autos Carros

Teste com a Yamaha YZF-R15: a esportiva mais barata do segmento

Com motor de apenas 155 cm³, ela tem mais de 18 cv e itens de motos grandes

Autos Carros|Marcos Camargo JrOpens in new window

No mundo das motos esportivas, é certo que há poucas opções de baixa cilindrada. E se nesse universo tão restrito houver um produto com soluções incomuns no segmento e toda a pinta de uma moto mais rápida?

YZF-15 2025 (Yamaha Divulgação)

A Yamaha YZF R15 é tudo isso. Uma esportiva acessível com 155 cm³ e pinta de moto grande. Vendida na faixa dos R$ 22 mil, ela é a porta de entrada entre as motos de apelo esportivo.

Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

O visual é o mesmo desde que ela estreou em 2023, e logo em 2024 seu grafismo foi atualizado. O perfil esportivo é fiel à proposta, onde o piloto fica baixo olhando para os retrovisores avançados, a dianteira baixa, os pedais recuados e a rabeta suspensa. Além disso, ela tem faróis em LED no alto e baixo e painel digital com indicador de marcha.

Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

Toda carenada, ela esconde o motor pequeno e por isso passa chamando a atenção. Na frente há uma entrada de ar em forma de “M” como na YZR-M1 do Moto GP. Mas as semelhanças param por aí.


Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

Motor pequeno e eficiente

A Yamaha YZF-R15 tem motor de 155 cm³, que geralmente é arrefecido a ar. Mas não nessa motocicleta. Ela tem radiador e comando de válvula variável, algo incomum. Esse motor é um 155 cm monocilíndrico com 18,8 cv e torque de 1,5 kgfm, que chega aos 8.500rpm. Uma moto similar teria ali no máximo 12 cv com arrefecimento a ar. A diferença é grande.

Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

O motor é controlado por transmissão de seis velocidades, enquanto numa moto comum desse segmento seriam só cinco marchas. E a embreagem do tipo deslizante faz toda a diferença para acionamentos mais suaves com o alívio de pressão no manete.


Suspensão de curso reduzido

Com estrutura leve, a Yamaha YZF tem chassi semi duplo e ostenta amortecedores com tubos de 41 mm bem reforçados. Uma moto “comum” teria 30mm menos estrutura.

Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

Na traseira a balança de alumínio tem o tradicional conjunto monoamortecido com 97 mm de curso. É reduzido para melhorar a manobrabilidade.


E os freios são do tipo ABS (Anti-lock Bracking System) nas duas rodas – inédito para o segmento e algo bem elogiado na YZF-R15, apesar do freio traseiro ser um pouco lento nas reações.

Esportiva acessível, R15 tem visual de esportiva de alta cilindrada (Marcos Camargo Jr)

Teste prático

Rodamos com a Yamaha R15 pelas ruas de São Paulo por uma semana. Ela chama a atenção, apesar de ser um produto com quase três anos de vida. Nos semáforos, outros motociclistas ficam curiosos e olham para o motor com curiosidade por entre as peças da carenagem.

YZF-15 2025 (Yamaha Divulgação)

A posição de esportiva não é unanimidade, mas se acostuma. Pedal recuado, retrovisor avançado, mas não pequeno como nas motos esportivas grandes e painel digital dão tom moderno. Abaixo do banco há um pequeno porta documento com chave e fez seu trabalho durante uma bela chuva. Não molhou.

O motor não parece ter uma cilindrada pequena. A R15 responde em baixas rotações como uma moto maior e com um ronco mais envolvente. É gostosa de manejar com a embreagem deslizante e faz seu papel muito bem no trânsito apesar da posição de pilotagem.

Ao frear poderia ter um conjunto traseiro um pouco mais eficiente, bem como o painel digital com excessivo ofuscamento nestes dias de sol. Mas basta aliviar o trânsito que a YZF R-15 gira rápido a ponto de parecer uma moto de no mínimo 250 cc.

Pelo visto, é isso que a Yamaha queria ao criar essa moto. Com perfil esportivo, ela surpreende no dia a dia e tem preço um pouco maior do que motocicletas de 150 ou 150 cilindradas, só que entregando muito mais.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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