Bolsonaro parabeniza Polícia Militar por operação no RJ
Foram mortas pelo menos 19 pessoas na ação; presidente lamentou a morte de um cabo da PM
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou, nesta sexta-feira (22), a Polícia Militar pela operação realizada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que culminou na morte de ao menos 18 pessoas.
Durante visita a um posto de combustíveis em Brasília, Bolsonaro contou que conversou, por telefone, com a irmã do cabo Bruno de Paula Costa, uma das vítimas. "Hoje eu liguei e atendeu a irmã do cabo executado pela bandidagem quando chegava na UPP", disse.
Bolsonaro foi questionado sobre ter tido a mesma reação com as outras 17 pessoas assassinadas na ação. "Você se solidariza com essas pessoas, tá o.k.?", respondeu. Na sequência, o chefe do Executivo parabenizou a instituição fluminense.
"Eu não vou entrar em detalhes. Se essa mãe inocente... Se eu ligar para todo mundo que morre todo dia eu estou... Esse fato deu repercussão. É um cabo paraquedista, é meu irmão, ponto final. Parabéns para a Polícia Militar."
Uma moradora morreu após ter sido baleada em um novo tiroteio no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (22). Com isso, subiu para 19 o número de pessoas mortas na comunidade. Ao menos 13 pessoas já foram identificadas, sendo que a maioria é tratada como suspeita pela polícia. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios.
Uma operação policial conjunta, com cerca de 400 agentes, terminou com pelo menos 18 mortos nesta quinta-feira (21) no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro.
Uma operação policial conjunta, com cerca de 400 agentes, terminou com pelo menos 18 mortos nesta quinta-feira (21) no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (21), Bolsonaro lamentou a morte do policial militar Bruno de Paula Costa, uma das vítimas. "O cabo Bruno de Paula Costa faleceu vitimado por confronto com bandidos. Ele, que estava na UPP Nova Brasília, foi socorrido, mas não resistiu. Tinha 38 anos, deixa viúva e dois filhos portadores do espectro autista", disse.
"Nossos sentimentos para a família, lamentamos o ocorrido. Obviamente, até hoje o Rio de Janeiro tem área de exclusão, onde a polícia não pode agir por decisão do Supremo Tribunal Federal", completou.