Câmara intensifica discussão da reforma administrativa, e Lira cobra articulação do governo
Manifesto em defesa da reforma é assinado por 23 frentes parlamentares e foi entregue nesta quarta-feira
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recebeu nesta quarta-feira (30) um manifesto assinado por 23 frentes parlamentares em defesa da reforma administrativa. Na reunião, que ocorreu na Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, Lira destacou a importância do que considera um movimento inicial para pautar o tema com profundidade no Congresso e cobrou uma articulação do governo federal "por bem ou por mal".
"Precisamos fazer que o governo entenda, por bem ou por mal, que ele tem que entrar nessa discussão. A gente não consegue fazer uma votação com 308 [votos] sem o consenso basilar sobre os princípios", disse Lira ao receber o manifesto.
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Lira afirmou que a matéria precisa ser debatida com tranquilidade, interlocução e "sem ideologia". "A gente tem que olhar para o contexto todo. Se assunto pegar pressão, há demanda para que seja discutido no Brasil", afirmou, completando que dará o mesmo tratamento a pautas importantes para o cenário nacional, ouvindo todos os integrantes da Câmara e setores envolvidos.
Em audiência no Senado nesta terça-feira (29), governadores expressaram preocupação com possíveis distorções no modelo de governança do Conselho Federativo, que será o órgão responsável por fazer a arrecadação e distribuição do Imposto Sobre Bens e Ser...
Em audiência no Senado nesta terça-feira (29), governadores expressaram preocupação com possíveis distorções no modelo de governança do Conselho Federativo, que será o órgão responsável por fazer a arrecadação e distribuição do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), que deve substituir os atuais tributos estadual (ICMS) e municipal (ISS). Eles também criticaram o critério de distribuição dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que será criado para compensar as perdas dos estados e do DF com o fim do ICMS.
Lira tem defendido a aprovação da reforma administrativa, com mudanças nas carreiras dos servidores públicos. O texto debatido é criticado pelo governo, que argumenta precarização do serviço público federal.
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O governo pode enviar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, contribuição que Lira disse ser "bem-vinda". Ele ponderou que o assunto ainda precisa ganhar força a partir da discussão e negociações, mas adiantou que a proposta "não tem interesse em acabar com funcionalismo público". O objetivo, segundo ele, é "distensionar" o tema.