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Cid presta depoimento nesta sexta para explicar críticas a Moraes e à Polícia Federal

Militar corre risco de ter acordo de delação anulado por ter dito que foi pressionado a relatar fatos que não ocorreram

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Cid será interrogado pelo juiz instrutor do gabinete de Moraes
Cid será interrogado pelo juiz instrutor do gabinete de Moraes Cid será interrogado pelo juiz instrutor do gabinete de Moraes (Lula Marques/Agência Brasil - 11.7.2023)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vai prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (22) para esclarecer o suposto áudio no qual teria feito ataques à Polícia Federal e ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Por causa da gravação, a PF avalia anular o acordo de delação premiada firmado pelo militar com a corporação e homologado pelo STF. Se o acordo for rescindido, Cid perde benefícios e pode voltar à prisão. A informação foi confirmada pelo R7.

O depoimento será às 13h, na sala de audiências do STF, presidido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes. Participam também a defesa de Cid e o representante da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Nas gravações, o ex-ajudante de Bolsonaro teria afirmado que a PF o pressionou a relatar fatos que não aconteceram e a detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. Cid afirma que teria sido induzido por policiais a corroborar declarações de testemunhas e a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo de delação premiada. Além disso, o militar teria criticado a atuação de Moraes, dizendo que o ministro faz o que bem entender.

Na quinta-feira (21), a defesa de Cid divulgou uma nota negando que o millitar questione as investigações da Polícia Federal sobre ele. O comunicado diz que Cid passa por um momento de angústia pessoal devido às apurações da corporação.

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"Mauro César Barbosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios", diz a nota.

Leia mais: Projetos querem alterar lei para proibir prisão de quem vive sem trabalhar e não pode se sustentar

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Segundo a defesa, os áudios "de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade".

Cid é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em tentativa de golpe de Estado. O tenente-coronel do Exército também é investigado no caso das joias estrangeiras dadas a Jair e Michelle Bolsonaro e no caso dos atos extremistas de 8 de janeiro.

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