Congresso quer concluir votação do Orçamento nesta quinta-feira
Projeto que define gastos para o ano precisa ser aprovado por comissão e pelo plenário
Brasília|Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília

Após quase quatro meses de atraso, o Congresso Nacional prevê concluir a votação do Orçamento de 2025 nesta quinta-feira (20). Um desfecho para os gastos do ano é necessário para liberar pagamentos em programas do governo, mas depende do apoio de deputados e senadores.
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Pela manhã, o relatório final será discutido entre líderes partidários. Depois, o texto será formalmente apresentado e votado na CMO (Comissão Mista de Orçamento).
A peça passou por uma série de adequações ao longo dos últimos dias para atender a pedidos apresentados pelo governo.
O governo propôs uma readequação de ao menos R$ 39,7 bilhões, e nesse remanejamento o Bolsa Família deve perder R$ 7,7 bilhões. As mudanças, contudo, vão servir para o Executivo bancar neste ano programas como Auxílio Gás e Pé-de-Meia.
Votação no plenário
Passada a votação na CMO, o texto seguirá diretamente para o plenário do Congresso. Uma sessão conjunta da Câmara e do Senado está agendada para 15h. No plenário, deputados e senadores ainda podem sugerir mudanças à redação da proposta.
Apesar do prazo apertado, o relator do projeto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), confirma as negociações para que haja um desfecho para o Orçamento ainda nesta quinta.
“É uma peça que já está com muito atraso, e foi até bom esse atraso, porque deu tempo ao governo modificar várias rubricas. Então, esse atraso foi muito bom para o Poder Executivo, porque deu tempo de ajustar ajustar o Orçamento que foi enviado para aqui em agosto [de 2024]. Com isso aí, o governo ficou, vamos chamar assim, no lucro, porque deu tempo fazer as devidas correções”, disse.
“Esperamos que a gente, com isso, conclua a votação, e a sociedade brasileira possa, com isso, ter o seu orçamento novo para investimentos. E também os servidores públicos federais não terão prejuízo, porque o orçamento está dando poderes para retroagir a janeiro o pagamento do aumento dos servidores públicos federais. Não tivemos culpa nenhuma, simplesmente foi uma maneira de ajudar o Poder Executivo”, concluiu.
Após conclusão no Congresso, a proposta seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.