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R7 Brasília

Delegado do DF que atirou em três mulheres recebe alta e vai para carceragem da Polícia Civil

Mikhail Rocha e Menezes estava internado no Hospital de Base na ala psiquiátrica desde do dia 16, quando cometeu o crime

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Delegado da PCDF é preso após atirar contra esposa e outras duas mulheres Reprodução/RECORD - 16.01.2025

O delegado da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), Mikhail Rocha e Menezes, recebeu alta do Hospital de Base nesta sexta-feira (24) e foi levado para a carceragem da PCDF. A informação foi confirmada pelo Iges (Instituto de Gestão Estratégica em Saúde) ao R7. O delegado estava internado na ala psiquiátrica desde o dia 16 deste mês, quando foi preso após atirar contra a esposa e a empregada doméstica, em São Sebastião, por volta das 9h30, na casa onde morava com a família.

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Andrea Rodrigues Machado e Menezes, a esposa, e Oscelina Mourão Neves, a funcionária, foram atingidas e encaminhadas ao Hospital de Base em estado grave. Oscelina, de 45 anos, chegou a perder um rim e parte do estômago e do intestino ao ser atingida pelos disparos.

Segundo o boletim de ocorrência, o filho de Mikhail, de 7 anos, teria ficado ferido por estilhaços, e o delegado o levou para um hospital particular no Lago Sul. No local, de acordo com testemunhas, o homem teria ficado nervoso e reclamado pela demora no atendimento. Quando Priscila Pessoa, uma enfermeira da unidade, tentou acalmá-lo, ele sacou a arma e disparou, atingindo-a entre o pescoço e a clavícula.

Depois do tiro, o delegado fugiu. Às 10h13, o carro que ele estava foi encontrado na QI 23 do Lago Sul e Mikhail foi preso em flagrante em uma ação integrada das 21ª BPM, 5ª BPM e do Patamo. O filho ainda estava no carro, e depois da prisão do pai, foi entregue aos cuidados de uma tia.


Resistência

Segundo depoimento exclusivo de um policial militar à Corregedoria da PCDF, o delegado Mikhail Rocha e Menezes estava “nervoso” e apresentou “resistência” na prisão. Segundo o agente, ele estava em patrulhamento próximo ao Guará quando recebeu a informação, via Centro de Operações, de um indivíduo que tinha baleado uma mulher em um hospital particular.

“Foi passado a placa e o modelo do carro e, diante da informação, nos deslocamos para o Lago Sul, pelo Balão do Aeroporto. Na altura da QL 16, na Estrada Parque Dom Bosco, visualizamos o veículo passando e fomos atrás”, narrou.


O PM disse que ligou a sirene e deu a ordem de parada ao veículo, que foi acompanhado até a QL 21 do Lago Sul. “Um prefixo [outro PM] fechou a via e, com o trânsito parado, [ele] também parou. Descemos e o abordei. Quando ele abriu a porta eu falei ‘desce, desce, no chão’ e ele [delegado] foi para o chão, mas ficou sentado”, explicou.

O agente narrou que, nesse momento, outro PM pegou uma das mãos do delegado e o algemou, enquanto um terceiro agente tomava a arma da cintura de Mikhail. “Ele não queria dar a mão para ser algemado e impôs uma resistência muito grande. Dizendo que queria ver o filho. Chegou mais um prefixo (agente) e quatro policiais seguraram ele”, disse.


“Ele estava muito nervoso, muito transtornado, não sei se estava sob efeito de drogas ou álcool, mas estava muito transtornado. Colocamos ele no cubículo da viatura, fechei, e coloquei o filho no banco de trás para ele ficar calmo, porque ele só falava do filho dele”, acrescentou o PM.

Os agentes vistoriaram o veículo e encontraram uma segunda arma no bolso do banco do passageiro do carro, que também foi apreendida.

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