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R7 Brasília

Diretor-geral da PRF presta depoimento na Polícia Federal 

O depoimento foi marcado para as 14h e faz parte da investigação sobre supostas interferências nas eleições 

Brasília|Renato Souza e Bruna Lima, do R7, em Brasília

Diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, é investigado por interferência eleitoral
Diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, é investigado por interferência eleitoral

O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, presta depoimento nesta sexta-feira (25) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. O testemunho faz parte do inquérito que avalia a conduta de Vasques durante o segundo turno das eleições deste ano.

A Polícia Federal quer averiguar se houve interferência nas eleições e omissão por parte do diretor em relação a eventuais abusos da corporação no dia 30 de outubro. Na data, a PRF realizou diversas operações de abordagem em rodovias, com foco principalmente em estados do Nordeste. As ações provocaram engarrafamentos e atrasos, e a corporação foi acusada de tentar impedir o acesso dos eleitores às sessões de votação.

Por meio de denúncias feitas no dia anterior ao segundo turno, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das operações contra ônibus do transporte público e outros veículos que transportassem eleitores. 

Como foram registradas abordagens mesmo com o impedimento do TSE, Vasques foi chamado para prestar esclarecimentos no tribunal. Ele justificou a ação dizendo que as operações tinham como foco impedir irregularidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, mas garantiu que não resultaram em impedimento de votação a nenhum eleitor. 


Réu por denúncia do MPF

Vasques também é alvo de outra ação, que pede o seu afastamento do cargo e a investigação por improbidade administrativa. O diretor virou réu depois que a Justiça do Rio de Janeiro acolheu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal do Rio.

Na ação, o ministério argumenta que Vasques fez uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, durante a campanha eleitoral ao promover o presidente Jair Bolsonaro (PL). O órgão completa afirmando que foram usados símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer o candidato.

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