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R7 Brasília

Dólar volta a cair e fecha a R$ 5,76 em meio a tensão comercial entre China e EUA

Nesta quarta, a moeda havia registrado alta, interrompendo uma sequência de 12 quedas consecutivas

Brasília|Do R7

Moeda norte-americana voltou a cair Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Após interromper uma sequência de baixa e ganhar força, o dólar voltou a cair e fechou a R$ 5,76 nesta quinta-feira (6), uma variação negativa de 0,52%. O período de diminuição, que registrou 12 quedas consecutivas, foi o maior desde o Plano Real, lançado em 1994. Ao longo do dia, a moeda norte-americana variou entre R$ 5,81 e R$ 5,74.

O cenário ocorre em meio as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central ter sido “irresponsável”. Na avaliação do petista, a gestão de Roberto Campos Neto deixou uma “arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para outra”. A queda da moeda é registrada, ainda, em um período de tensão comercial entre China e Estados Unidos.

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Lula atribuiu o aumento do dólar a uma “arapuca” deixada pela autoridade monetária. “Um cavalo de pau num mar revolto a gente pode tombar o navio”, completou. O presidente argumentou também que não vai fazer congelamento de preços ou implementação de fiscal em supermercados.

Segundo o presidente, a inflação está “totalmente controlada” e o dólar está voltando à normalidade. “Eu tenho dito o seguinte nas reuniões que tenho feito: uma das coisas mais importantes para controlar o preço é o próprio povo. Se vai em um supermercado e desconfia que tal produto está caro, não compre. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar, quem está vendendo vai ter que abaixar para vender, senão vai estragar. É um processo que a gente não precisa falar porque é da sabedoria do ser humano. Ninguém pode explorar ninguém.”


No ambiente exterior, a queda acompanha o anúncio sobre as retaliações da China em resposta à elevação de tarifas pelo governo norte-americano de Donald Trump. O país asiático anunciou tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos depois de Trump aumentar as taxas sobre mercadorias chinesas. Soma-se ao contexto a divulgação de dados fracos da economia dos EUA — o número de vagas de trabalho abertas no país caiu 556 mil em janeiro.

Além disso, os Estados Unidos registraram 219 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana terminada em 1º de fevereiro, um aumento de 11 mil em relação ao período anterior, mostram dados do Departamento de Trabalho do país.

Ainda nesta quinta, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, informou o cancelamento do acordo econômico com a China, que envolvia a Rota da Seda. A decisão ocorre após pressões dos EUA.

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