Ex-PM é alvo de operação por perseguir presidente da Câmara Legislativa do DF
Polícia Civil coloca tornozeleira eletrônica em Carlos Victor Fernandes Vitório após denúncia de Wellington Luiz (MDB)
Brasília|Do R7, em Brasília
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Ex-policial militar do Distrito Federal, Carlos Victor Fernandes Vitório, conhecido como Cabo Vitório, foi alvo nesta sexta-feira (17) de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do DF e passou a usar tornozeleira eletrônica. Ele é investigado por perseguição (stalking) e crimes contra a honra cometidos contra o presidente da CLDF (Câmara Legislativa do DF), deputado Wellington Luiz (MDB), e a família do parlamentar.
De acordo com a PCDF, a operação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e aplicadas medidas cautelares. Além do uso de tornozeleira eletrônica, Vitório está proibido de se aproximar das vítimas em um raio de 500 metros.
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A investigação teve início após denúncia apresentada por Wellington Luiz e a mulher dele, que relataram perseguições constantes. Segundo o deputado, Vitório chegou a ir até a residência da família e utilizar um drone para captar imagens do local.
“Já tem um certo período que ele tem promovido essas perseguições, ataques, inclusive em redes sociais, de uma forma gratuita e muito agressiva”, disse o presidente da CLDF ao R7.
Relato do parlamentar
Segundo Wellington Luiz, a Justiça agiu com rapidez diante dos riscos apresentados e demonstrou sensibilidade ao reconhecer a gravidade da situação.
“Quando diz respeito à nossa família — no meu caso, tem mulher, filhos, netos — isso preocupa muito, e eu acho que a Justiça levou muito em conta essa condição, principalmente porque a representação foi feita pela minha esposa, que demonstrou claramente os riscos a que estava submetida”, afirmou.
O parlamentar afirmou que a decisão judicial de aplicar medidas cautelares contra o ex-policial representa um alívio momentâneo.
“A Justiça foi rápida, foi certeira e, graças a Deus, pelo menos momentaneamente, dá uma resposta para que tente contê-lo desses ataques que ele tem feito a nós. Vamos ver se com isso ele diminui a sua vontade e as suas perseguições contra a nossa família”, completou.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com Cabo Vitório. Ao R7 ele afirmou respeitar a decisão judicial, mas alegou que, na atuação como jornalista, apenas publicou “fatos verificáveis”.
O acusado citou uma ação judicial envolvendo posse de imóvel de Wellington Luiz. “Se todo jornalista passar a responder por stalking e tomar busca e apreensão por isso, perderá o sentido da profissão e as fontes jamais nos buscarão”, declarou.
Histórico criminal
A Polícia Civil informou que o investigado, que se apresenta como jornalista e blogueiro, possui cerca de 50 mil seguidores nas redes sociais e um "extenso histórico criminal", com dezenas de ocorrências por crimes contra a honra de autoridades públicas e figuras políticas.
No caso de Wellington Luiz, as publicações teriam evoluído de ataques virtuais para ações presenciais, como a exposição de dados pessoais, divulgação do endereço residencial e a captação não autorizada de imagens do interior da casa por meio de drone.
A PCDF ressaltou que as medidas impostas pela Justiça têm como objetivo proteger a integridade física do deputado e da família dele, além de impedir a continuidade dos crimes.
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