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Lula critica comportamento de Donald Trump e afirma que ‘não vai dar certo’

Presidente brasileiro destacou que republicano ‘acha que é capaz de ditar regras para tudo que vai acontecer no mundo’

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula critica ações de Trump: "Acho que não vai dar certo" Ricardo Stuckert/PR - 07.04.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, nesta terça-feira (8), o comportamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que “não vai dar certo”. De acordo com o chefe do Executivo, o republicano “acha que é capaz de ditar regras para tudo que vai acontecer no mundo”, e defendeu que o Brasil tenha equilíbrio para tomar decisões com base na própria realidade.

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“Estou vendo o comportamento do presidente [Donald] Trump nos Estados Unidos e não sei o que vocês [empresários] pensam, mas acho que não vai dar certo. Não vai dar certo. Ninguém pega um transatlântico daquele, carregado, e muito carregado, e faz as coisas que estão acontecendo lá. Ninguém brinca de que o mundo não existe, com quase 200 países, ninguém esquece que os países querem ter soberania e estabelecer processo de harmonia, afinal a coisa mais importante hoje é o multilateralismo”, disse Lula.

“E, de repente, o mundo tem um cavalo de pau, em que um cidadão sozinho acha que é capaz de ditar regras para tudo que vai acontecer no mundo. Eu temo em dizer para vocês que pode não dar certo. E é importante que nós brasileiros mantenhamos em equilíbrio para que a gente tome decisões com base na nossa realidade, que a gente defina o projeto de país que a gente quer e que possa colocar em prática”, completou.

As declarações foram dadas por Lula durante agenda em São Paulo. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos anunciou um novo pacote de tarifas comerciais que afetará diversos países. No caso do Brasil, os produtos serão taxados em 10%. A data, batizada pelo republicano como o “Dia da Libertação”, marca o início de medidas que, segundo ele, têm impacto global e entraram em vigor no último sábado (5).


Em nota, o governo federal lamentou as novas tarifas comerciais impostas por Trump. O Executivo brasileiro destacou que vai manter a postura diplomática em relação ao tema, mas afirmou avaliar “todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral”. Até o momento, a aposta da gestão é na saída diplomática e no diálogo. No entanto, não descarta taxar de volta.

Reações de Lula

No dia 3 de abril, Lula afirmou que vai tomar “todas as medidas cabíveis para defender empresas e trabalhadores brasileiros” diante do tarifaço de Trump. Segundo o presidente, a reação terá como referência a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional, e diretriz da OMC (Organização Mundial do Comércio).


Na segunda-feira (7), Lula disse que Trump pode falar o que quiser, uma vez que o Brasil tem “um colchão de 350 bilhões de dólares”. De acordo com o Executivo, essa reserva brasileira dá “certa tranquilidade” ao país e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pois segura a nação contra qualquer crise.

“Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva de US$ 370 bilhões, o que segura esse país até hoje contra qualquer crise, qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque temos um colchão de 350 bilhões de dólares, que dá ao Brasil e ao Fernando Haddad uma certa tranquilidade (sic)”, disse Lula na ocasião.

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