A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (17) 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal. É a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas que participaram, financiaram ou se omitiram nos ataques ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Veja abaixo as fotos da oitava fase da operação Lesa Pátria nesta sexta-feira (17): Os policiais federais cumprem mandados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. Ao R7, a Polícia Federal informou que são cumpridos nesta sexta-feira: Bahia: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;Distrito Federal: 2 mandados de busca e apreensãoGoiás: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;Maranhão: 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva;Espírito Santo: 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva;Minas Gerais: 9 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva;Paraná: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;Rondônia: 11 mandados de busca e apreensão;Rio Grande do Sul: 3 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão preventiva;São Paulo: 13 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva. Segundo a PF, os crimes investigados são de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nessa quarta-feira (15), cem novas denúncias contra pessoas acusadas de ter participado da invasão às sedes dos Poderes. No total, desde o início das investigações, o número de denunciados chega a 1.037. As acusações partem da identificação de três grupos: o formado pelos que invadiram os edifícios e atuaram pessoalmente na depredação do patrimônio público; aquele composto pelos que avançaram as barreiras policiais de proteção dos edifícios; e outro pelos que acamparam nas imediações do Quartel-General do Exército, solicitaram intervenção das Forças Armadas e incitaram animosidade entre essas e os poderes constitucionais. O ministro Alexandre de Moraes finalizou nesta quinta-feira (16) a análise dos pedidos de liberdade de presos pelos atos do dia 8 de janeiro. Ele determinou a soltura de mais 129 pessoas que, para o ministro, não representam mais risco à investigação e à sociedade. No entanto, elas precisam usar tornozeleira eletrônica e não podem se comunicar com outros investigados. Tiveram os pedidos de liberdades negados 294 pessoas — 208 homens e 86 mulheres. Os danos causados ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF chegam a R$ 18,5 milhões, segundo estimativas apresentadas em janeiro pela Advocacia-Geral da União (AGU). Em pedido feito à Justiça Federal no DF para bloquear a quantia de quem financiou os atos, a AGU afirmou que os financiadores também devem arcar com o prejuízo. "Os réus tiveram papel decisivo no desenrolar fático ocorrido no último dia 8 de janeiro de 2023 e, portanto, devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados desses atos, disso decorrendo a sua legitimidade passiva", diz o pedido. O bloqueio recai sobre imóveis, veículos, valores financeiros em contas e bens no nome dos investigados.Confira os prejuízos calculados: • Palácio do Planalto: R$ 7.978.773,07 • Câmara dos Deputados: R$ 1.102.058,18 • Senado: R$ 3.500.000,00 • Supremo Tribunal Federal: R$ 5.923.000,00 • Total: R$ 18.503.831,25