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Presidentes da América do Sul defendem área de livre comércio entre países

Consenso divulgado pelos líderes nesta terça-feira, após cúpula em Brasília, pede integração para superação de problemas comuns

Brasília|Do R7, em Brasília

Maduro voltou ao Brasil depois de oito anos
Maduro voltou ao Brasil depois de oito anos

Os presidentes dos 11 países da América do Sul que estiveram em Brasília nesta terça-feira (30), defenderam, depois de reunião de cúpula, cooperação econômica entre as nações, "tendo como meta uma efetiva área de livre comércio sul-americana". Em consenso divulgado após a reunião, os chefes de Estado listaram nove tópicos de concordância.

Eles combinaram de se reunir novamente em breve, em data a ser definida, para "repassar o andamento das iniciativas de cooperação sul-americana e determinar os próximos passos a serem tomados". Os líderes decidiram criar um grupo, composto pelos ministros de Relações Exteriores de cada país, para discussão das "experiências dos mecanismos sul-americanos de integração".

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Os presidentes destacaram que o continente é "uma região de paz e cooperação baseada no diálogo e no respeito à diversidade dos nossos povos, comprometida com a democracia e os direitos humanos". Entre os participantes da cúpula, recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estava o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

Os chefes de Estado admitiram que o mundo enfrenta crises em diversas frentes, principalmente na questão climática e em relação à paz entre nações e à segurança internacional. As dificuldades enfrentadas incluem "pressões sobre as cadeias de alimentos e energia, riscos de novas pandemias, aumento de desigualdades sociais e ameaças à estabilidade institucional e democrática".


"Comprometeram-se a trabalhar para o incremento do comércio e dos investimentos entre os países da região; a melhoria da infraestrutura e logística; o fortalecimento das cadeias de valor regionais; a aplicação de medidas de facilitação do comércio e de integração financeira; a superação das assimetrias; a eliminação de medidas unilaterais; e o acesso a mercados por meio de uma rede de acordos de complementação econômica, inclusive no marco da ALADI [Associação Latino-Americana de Integração], tendo como meta uma efetiva área de livre comércio sul-americana."

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Cúpula

O encontro contou com a participação de todos os líderes da região, com exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte. Ela não pôde deixar o país por causa de impedimentos legais internos — a nação vive uma crise política desde a destituição do ex-presidente Pedro Castillo. No lugar, veio o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.

A cúpula teve um formato mais reservado, sem grandes interrupções ou delegações. O encontro foi dividido em duas sessões. Pela manhã, os convidados foram recebidos por Lula e fizeram discursos de abertura.


À tarde, houve uma conversa mais informal, em formato reduzido, em que cada presidente foi acompanhado pelo respectivo chanceler e apenas um ou dois assessores, de acordo com o governo brasileiro. À noite, Lula e a primeira-dama, Rosângela da Silva, oferecem um jantar aos líderes sul-americanos no Palácio da Alvorada.

O objetivo do encontro, de acordo com a Presidência da República, foi promover um diálogo franco entre todos para identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave, como saúde, mudança do clima, defesa e energia.

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