Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Promessa eleitoral e anunciado pelo governo, 'Desenrola' não sai do papel

Programa focado em renegociar dívidas anunciado em janeiro não tem data para ser lançado; público-alvo é quem recebe até R$ 2.640

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Fundo de R$ 10 bi permitirá renegociar até R$ 50 bi
Fundo de R$ 10 bi permitirá renegociar até R$ 50 bi Fundo de R$ 10 bi permitirá renegociar até R$ 50 bi

Quase seis meses depois de ser anunciado pelo goveno, o programa Desenrola ainda não tem data para ser oficializado. A expectativa da pasta é lançá-lo no segundo semestre deste ano. A plafatorma de renegociação de pequenas dívidas foi uma promessa da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, mas ainda está travada na fase da operacionalização. Segundo o Ministério da Fazenda, uma empresa de tecnologia está envolvida na etapa do processo que vai criar um sistema que facilite a negociação entre credores e devedores.

O público-alvo do programa são as pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640). A ideia é que as pessoas que recebem essa faixa salarial tenham um desconto maior, bancado com o fundo garantidor com recursos do Tesouro Nacional, para cobrir eventuais calotes dados por pessoas que participarem do processo de renegociação.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

Publicidade

Segundo o Ministério da Fazenda, esse fundo, de cerca de R$ 10 bilhões, vai permitir a renegociação de até R$ 50 bilhões em dívidas de 37 milhões de brasileiros negativados.

Além disso, o desenho do programa prevê um desconto mínimo obrigatório a ser ofertado aos endividados, ainda sem faixa definida. Também há a previsão de um prazo mínimo e máximo para o pagamento parcelado. Ainda pelo esboço, cada credor teria liberdade para determinar o percentual do desconto que vai ofertar, além desse mínimo. Falta definir, porém, se o desconto vai incidir sobre juros de mora, valor de face da dívida ou condições do pagamento.

Publicidade

Leia também

Ao comentar o programa, em março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Desenrola vai atrair os credores privados com base na probabilidade de recuperação dos valores devidos. "Quanto maior o desconto oferecido, maior a chance de o credor receber o débito", disse o ministro.

Brasil endividado

Quatro em cada dez consumidores inadimplentes (42%) se consideraram "muito endividados" durante o segundo semestre de 2022, segundo levantamento divulgado pela empresa de inteligência analítica Boa Vista.

Publicidade

Confira na galeria abaixo dicas para quitar as dívidas e sair do vermelho:

Conforme o estudo, o percentual daqueles que avaliam estar "com a corda no pescoço" saltou 10 pontos percentuais em um ano. Já na comparação com os seis primeiros meses de 2022, o avanço foi de 5 pontos percentuais.

Para 43% dos inadimplentes, as dívidas aumentaram na passagem de 2021 para 2022, ao mesmo tempo que 42% alegaram uma piora na situação financeira na segunda metade de 2022.

Entre os consumidores que têm alguma dívida em atraso, 68% compõem as classes D e E, 85% são economicamente ativos e a maioria, 35%, está na faixa dos 18 aos 30 anos. As mulheres são a maior fatia entre esse público e correspondem a 56%.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.