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Renan Calheiros defende Padilha e culpa Lira por derrotas do governo na Câmara

Senador evitou comentar a possível demissão de seu filho da pasta dos Transportes; Lira nega que tenha pedido cabeças na Esplanada

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL)
Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL) Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL)

Em meio a pressões para a aprovação da medida provisória (MP) que estrutura os ministérios do governo, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Para ele, Lira tem impedido que o governo construa uma coalização no Congresso ao pautar temas com que a oposição está mais articulada.

"O governo está tendo dificuldade porque o presidente da Câmara tem impedido que o governo construa a maioria. Somente isso. Então ele só possibilita a votação do que vai efetivamente derrotar o governo e impede o governo de exercer a coalizão que montou", afirmou Calheiros, nesta quarta-feira (31). 

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"Quando aprova alguma matéria, ele [Lira] aprova como se fosse uma concessão dele à República. Ele quer funcionar como uma espécie de guardião do mercado", completou. Calheiros evitou comentar a notícia que corre nos bastidores de que o presidente da Câmara havia pedido a demissão do ministro dos Transportes, Renan Filho. O senador é pai do ministro e rival de Arthur Lira em Alagoas. 

Na terça-feira (30), Lira fez uma postagem nas redes sociais em que negava ter pedido a cabeça de Renan Filho em troca da aprovação da MP da Esplanada. 

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“É falsa e descabida a informação que pedi ‘a cabeça de ministro’, e muito menos em troca de aprovação de qualquer proposta do governo”, escreveu Lira no Twitter. “Tenho agido sempre com respeito aos Poderes. A origem da desinformação segue na mesma linha daquele que tem usado as redes sociais, e seus prepostos, para me desrespeitar gratuitamente”.

Derrotas do governo

Nas últimas semanas, o governo sofreu uma série de derrotas na Câmara dos Deputados, o que reflete a falta de articulação no Congresso. Nesta quarta-feira, deve ser votado no plenário da Casa o relatório da MP que reestruturou a Esplanada dos Ministérios, no limite da data de vencimento da matéria e com modificações que prejudicam a governança de pastas, como a do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

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Além disso, a Câmara impôs outras três derrotas expressivas ao governo: ao derrubar o decreto de Lula com mudanças no marco do saneamento básico; ao aprovar a medida provisória que flexibilizou a preservação da mata atlântica; e ao autorizar o avanço do PL 490, que institui um marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

As derrotas têm pressionado o Palácio do Planalto por uma reformulação da articulação política. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para uma reunião no Palácio da Alvorada e telefonou para Lira, na tentativa de afinar as expectativas sobre a votação da MP da Esplanada.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), também foi chamado para a conversa; ele também tem sentido a pressão com as falhas na articulação. As lideranças do governo no Congresso e Lula assistem à dissolução de outras seis medidas provisórias nesta semana — todas vencem na quinta-feira (1º). Até o momento, 21 MPs estão na fila para ser analisadas.

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