Resto de ponte que ligava TO ao MA será implodido em 2 de fevereiro, diz ministro
Renan Filho voltou a afirmar nesta quinta-feira que o compromisso do governo é de entrega da reconstrução da via neste ano
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou nesta quinta-feira (23) que o governo vai realizar a implosão do remanescente da Ponte Juscelino Kubitschek, cujo vão central desabou em 22 de dezembro de 2024. A explosão está prevista para ocorrer no próximo 2 de fevereiro. O acidente na via, que liga Tocantins ao Maranhão, completou um mês na última quarta-feira e três pessoas seguem desaparecidas.
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“A ponte Juscelino Kubitschek foi construída em 1964, ganhou prêmio de engenharia ao vencer o maior vão livre do país, e o que aconteceu? Ela foi construída para integração nacional. Só que a ponte não foi dimensionada no momento em que recebeu três caminhões com grande peso e ruiu. O grande problema é que carregando carga muito pesada não foi paralisada a passagem de veículos pesados. Até que chegou o momento e a ponte colapsou”, disse Renan.
“Tivemos o salvamento das vítimas e agora teremos a reconstrução. O primeiro grande ponto é a implosão do remanescente da ponte, que será feito no próximo dia 2. Nós vamos reconstruir e entregar a ponte ainda nesse ano”, completou. As declarações foram dadas pelo ministro em entrevista para a Empresa Brasil de Comunicação.
Na entrevista, Renan Filho destacou que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) acompanha quase 10 mil obras especiais no país — pontes, viadutos e túneis, por exemplo. Segundo o ministro, o governo tem condições de observar as estruturas em andamento para que incidentes, como o registrado na ponte JK, não se repitam.
Acidente
A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre o Maranhão e Tocantins, completou um mês nesta quarta-feira (22) com três pessoas desaparecidas e 14 mortes confirmadas. Apenas um homem foi resgatado com vida da tragédia: Jair Silva Rodrigues, de 36 anos. Entre os mortos e desaparecidos, estão crianças e idosos.
As ações para localizar os desaparecidos ocorrem de forma pontual, com uso de lanchas, motos aquáticas e drones. No último fim de semana, a Marinha informou que mergulhadores seguiam proibidos de entrar na água por falta de segurança. “A Marinha está empregando 72 militares, que realizam buscas em superfície”, diz trecho de nota.
Uma nova etapa das ações na estrutura que ligava cidades do Maranhão e do Tocantins é voltada para a retirada de veículos que ficaram presos no local. São dois caminhões e dois carros, conforme indica o Dnit. A previsão é de conclusão da retirada até o fim desta semana.
A movimentação para retirada dos veículos ocorre após a Justiça Federal determinar que um dos automóveis sejam retirados em até 10 dias. Caso o departamento não consiga remover, o juiz da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Imperatriz estabeleceu que o Dnit forneça, temporariamente, outro carro ao autor do processo, a fim de evitar prejuízos às atividades profissionais do homem, que atua como representante comercial no setor agropecuário.
No final do ano passado, o ministro dos Transportes já havia dito que o governo federal se comprometeu em entregar a ponte reconstruída no ano de 2025. O investimento será de R$ 100 a R$ 150 milhões.