Distrito Federal investirá R$ 9 milhões na criação de unidades para tratamento de lixo eletrônico
Recursos são da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação que vai criar cinco polos de reciclagem na capital; entenda
Brasília|Do R7
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti) pretende dar início, no próximo mês, a implementação de cinco novos polos para tratamento de lixo eletrônico. A pasta investirá R$ 9 milhões na medida que vai recolher os produtos como celulares e computadores, e até mesmo os aparelhos de grande porte, como geladeiras e máquinas de lavar, e recondicioná-los para doação ou reciclagem dos insumos. A informação foi dada em entrevista exclusiva ao R7 pelo secretário da pasta, Leonardo Reisman.
As novas unidades serão chamadas de Polo Distrital de Economia Circular e vão atender toda a capital do Distrito Federal com objetivo de ampliar o alcance do Projeto Reciclotech, que atualmente tem apenas uma unidade de atendimento no Gama.
Essa é uma iniciativa que olha para o campo da sustentabilidade. Nas unidades de tratamento as pessoas também serão qualificados e grande parte delas podem ser inclusive empregadas no próprio programa
A reciclagem do lixo eletrônico, no entanto, não é a única meta estabelecida pela Secti para este ano. A pasta dará andamento neste primeiro semestre ao edital Gamifica DF, que recebeu investimento de R$ 3 milhões e, ainda aberto, seleciona organizações da sociedade civil para projetos que incentivam o empreendedorismo em jogos eletrônicos e que valorizem o desenvolvimento tecnológico.
O projeto já aprovado no chamamento prevê cursos na região do Plano Piloto, Recanto das Emas, Varjão, Águas Claras e Sol Nascente que vai beneficiar 3,7 mil pessoas em cada uma das cinco regiões administrativas. Os cursos da iniciativa estão divididos em três polos: software e hardware; designer de jogos e enredos; e marketing.
A iniciativa terá salas de aulas equipadas com computadores gamer para que os professores treinem os estudantes, que ao fim, terão direito a um certificado. Cada um dos três cursos também conta com módulos de empreendedorismo.
“A ideia é que o aluno saia capacitado para trabalhar na indústria [eletrônica], mas se ele quiser também empreender, ele terá a qualificação para lançar seu negócio”, disse.
Investimento
Reisman destaca que o setor de tecnologia e jogos está em crescimento em todo o mundo, inclusive na capital do país. “Ano passado tivemos uma movimentação de R$ 8,5 milhões desse setor no DF e o crescimento dessa indústria, por ano, chega a 10%”, afirmou o secretário.
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Para garantir o avanço das tecnologias, o titular da pasta defende a importância da acessibilidade e acesso das pessoas à internet, por exemplo. Para isso, a secretaria pretende ampliar o Wi-FI Social, que hoje recebe cerca de 100 milhões de acessos e está distribuído em 120 locais da capital do país.
O novo edital que estamos trabalhando quer ampliar, além dos pontos de acesso, o tempo que o usuário pode ficar conectado. Hoje, o acesso é feito por 30 minutos, mas estamos trabalhando nessa ampliação
A tecnologia, segundo o secretário, também é um caminho importante para a inclusão. Este ano, a pasta trabalha para avançar em projetos de tecnologia assistiva, sendo um deles, a criação de salas sensoriais para pessoas no Transtorno do Espectro Autista. “As salas terão luz, som e experiência sensorial para acolher tanto o autista como a mãe dessa criança. Queremos levar essas salas para vários locais da capital”, disse Reisman.
No ano passado, a Secti também esteve envolvida no projeto da Secretaria da Pessoa com Deficiência de criar o Cil Online, uma plataforma de atendimento virtual com intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todo o serviço público da capital federal.
Promoção da ciência
Outra estratégia avaliada pelo secretário é utilizar os equipamentos públicos para promover e incentivar a ciência para as crianças, como o Planetário de Brasília e o SESI Lab. A expectativa de Reisman é aproveitar os 50 anos de inauguração do Planetário, comemorado em março deste ano, para levar “conhecimento e mostrar as ciências de forma lúdica”.
Nosso objetivo é promover carreiras na ciência. Falamos muito de tecnologia, e às vezes nos esquecemos que precisamos incentivar a carreira de novos cientistas