Superlotação é principal problema dos ônibus do DF, avaliam passageiros em pesquisa
Levantamento realizado pelo TCDF ouviu quase mil pessoas e segue colhendo depoimentos de passageiros até o dia 28
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília e Kristine Otaviano, RECORD

A superlotação é o principal problema avaliado por passageiros nos ônibus do Distrito Federal. O dado vem de pesquisa realizada pelo TCDF (Tribunal de Contas do DF) e divulgado na manhã desta quarta-feira (16) em coletiva de imprensa.
Segundo os dados, 67% da população pede que seja prioridade do governo a solução da superlotação, outros 58% pedem pela redução do tempo de espera e 48% pedem mais pontualidade dos veículos.
A pesquisa se debruçou especificamente sobre os ônibus da capital, excluindo o transporte rural, metrô ou semiurbano (para o Entorno). Ela foi divulgada nos terminais dos ônibus, em totens na rodoviária do Plano Piloto e nas páginas oficiais do TCDF.
Dos respondentes, 73% utilizam o serviço para ir ao trabalho, 71% precisam pegar mais de uma condução no trajeto e metade desses passageiros indicaram levar mais de um hora para chegar ao destino final.
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Presidente do TCDF, o conselheiro Manoel de Andrade defendeu que a pesquisa é uma das ferramentas para avaliar o transporte público.
“A pesquisa foi feita para mostrar o retrato sobre a distribuição dos ônibus, o custo benefício, a qualidade do transporte, a sua pontualidade e a conformação com os custos da operação e a entrega aos usuários”, explicou.
“O Tribunal vai apurar a pesquisa e encaminhar para o governo para tomar as providências. Todas essas questões serão levadas”, afirmou.
Auditor de Controle Externo do TCDF, Índio Artiaga do Brasil Rabelo avalia que o que mais chamou atenção foi a superlotação “que está mal avaliada”. De outro lado, a população recebeu muito bem a medida do Governo do DF de não ter mais cobrança em dinheiro no transporte público.
“Sobre a superlotação, de um lado, você tem que ter um equilíbrio entre o número de ônibus disponíveis para a população, e a questão de custo: porque mais ônibus significa mais custo para a empresa. Isso também reflete no tanto que o GDF precisa aportar no sistema para garantir que a tarifa do usuário não aumente”, observou.
Ano passado, por exemplo, o GDF aplicou R$ 1,9 bilhão no sistema do transporte público para manter a tarifa técnica no valor de R$ 5,5, segundo o conselheiro Manoel de Andrade.
No período, o governo teve cerca de 313.215 milhões de acessos no transporte público, número que equivale à quantidade de vezes que alguém passa a catraca, ou seja, uma mesma pessoa é contabilizada várias vezes ao longo do dia.
Participe da pesquisa
O questionário pode ser respondido até o dia 28 de abril (acesse aqui) e leva menos de cinco minutos para ser concluído. E em caso de dúvidas, também é possível consultar o manual do questionário (veja aqui).
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