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Tebet cobra retenção de passaporte de Jair Bolsonaro para que ele não fuja do país

Ministra diz que 'cerco se fechou' contra o ex-presidente após depoimento de hacker à CPMI 

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Declaração foi feita durante a posse do novo presidente do IBGE
Declaração foi feita durante a posse do novo presidente do IBGE Declaração foi feita durante a posse do novo presidente do IBGE

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, cobrou nesta sexta-feira (18) a retenção do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o mais rápido possível para que ele não deixe o Brasil em meio às denúncias de que ele teria orquestrado um esquema para questionar a lisura do processo eleitoral do país. O R7 tenta contato com a defesa do ex-presidente.

"Graças ao trabalho da Polícia Federal e dos depoimentos dados na CPMI dos atos golpistas, podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Ali está claro que ele está apontado como autor, como mandante da tentativa de fraude das urnas eletrônicas, da tentativa de violar, de atentar contra a democracia brasileira", disse Tebet durante a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann.

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"A eles, o rigor da lei. Não se enganem, que busquem mais rápido possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele", continuou Tebet.

Depoimento na CPMI

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na quinta-feira (17), o hacker Walter Delgatti disse que Bolsonaro pediu a ele para fraudar uma urna eletrônica com o objetivo de pôr em dúvida o processo eleitoral. 

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Delgatti afirmou que Bolsonaro queria que ele “autenticasse a lisura das eleições, das urnas”. O marqueteiro do ex-presidente, Duda Lima, teria, então, aconselhado ao hacker que criasse um “código-fonte falso” para mostrar a possibilidade de invadir uma urna e fraudar as eleições.

“A ideia era pegar uma urna emprestada da OAB, acredito. E pôr um aplicativo meu para mostrar à população que é possível apertar um voto e sair outro.”

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A espécie de simulação serviria para pôr dúvida na população, já que, segundo Delgatti, invadir o código-fonte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é impossível por fora, porque o sistema é offline.

O ex-presidente negou qualquer relação com a invasão e depredação das sedes dos Poderes em diversas oportunidades.

Entenda

A defesa do hacker Walter Delgatti Neto afirmou nesta sexta-feira (18) que ele apresentou à Polícia Federal um áudio em que uma assessora da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) faria uma promessa de pagamento. O depoimento foi dado dentro do inquérito que apura fake news.

O advogado informou que Delgatti pode ser transferido para Araraquara (SP). A defesa disse ainda que ele reiterou as acusações feitas durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro e deu ao delegado "o caminho das provas".

Na quarta-feira (16), ele já havia sido ouvido pela corporação. No depoimento, ele afirmou que tinha conversas que comprovam pagamentos de Zambelli, que chegam a R$ 40 mil, para que ele invadisse qualquer sistema do Poder Judiciário. A PF quer avaliar se há contradições nas declarações do hacker.

Durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Delgatti disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele um indulto caso assumisse ter grampeado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de ter ordenado um plano para questionar a segurança das urnas eletrônicas em 2022.

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