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R7 Brasília

Vídeo mostra extremista quebrando relógio histórico no Planalto; veja

Rosto do manifestante que quebrou o relógio raríssimo no 3º andar do Palácio do Planalto é exibido nas novas imagens

Brasília|Plínio Aguiar e Hellen Leite, do R7, em Brasília

Uma semana após a invasão e depredação da praça dos Três Poderes, novas imagens mostram as ações dos extremistas dentro do Palácio do Planalto, onde destruíram um relógio histórico e uma obra de arte. As câmeras de segurança também flagraram o rosto das pessoas que invadiram o prédio, localizado na praça dos Três Poderes, em Brasília.

No vídeo gravado por câmeras de segurança do 3º andar, é possível ver o momento em que o homem joga o relógio de Balthazar Martinot no chão e derruba mesas e cadeiras. Outras imagens ainda mostram os invasores arrancando cortinas e quebrando vidros do palácio.

Extremista destrói obras de arte no Palácio do Planalto
Extremista destrói obras de arte no Palácio do Planalto

É possível ver também os vândalos caminhando tranquilamente nas dependências no prédio. Eles tiram fotos, conversam e gravam o cenário de destruição.

Além do relógio, que é considerado raríssimo, foram destruídas obras de Di Cavalcanti e Bruno Giorgi, a mesa de trabalho de Juscelino Kubitschek e a escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg. O prejuízo é estimado em ao menos R$ 8,5 milhões.


Veja as obras destruídas pelos extremistas

No andar térreo:

Obra Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao Palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes instalados.


• Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e rasgadas.

No 2º andar:


• O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras

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No 3º andar:

• Obra As Mulatas, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de vários tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção do autor. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças dessa magnitude costumam alcançar valor até cinco vezes maior em leilões.

• Obra O Flautista, de Bruno Giorgi — a escultura de bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.

• Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.

• Mesa de trabalho de Juscelino Kubitschek — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.

• Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.

• Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século 17 foi um presente da corte francesa para dom João 6º. Martinot era o relojoeiro de Luís 14. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas tem a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

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