O influenciador digital e youtuber Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como Big Jhoow, foi preso, na manhã desta quarta-feira (16), em Minas Gerais, na terceira fase da Operação Huracán, que investiga associação criminosa interestadual para a prática de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
A prisão foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) no domingo (13), e o mandado, cumprido pela Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo a Polícia Civil e a Justiça, a prisão era necessária porque o influenciador continuou a realizar o sorteio ilegal de veículos de luxo, mesmo após o sequestro judicial dos carros.
Nos novos sorteios, Elizeu anunciava uma Lamborghini apreendida e prometia entregar o valor correspondente ao preço do veículo. Elizeu faz parte do grupo de influenciadores que organizava uma operação milionária através de sorteios de carros de luxo.
A prisão foi autorizada por um juiz do TJDFT e encaminhada à Polícia Civil de Minas Gerais.
Elizeu foi detido na casa onde reside, em Esmeraldas, cidade de Minas Gerais.
De acordo com o juiz, a decisão foi tomada pelo fato de o réu não respeitar as determinações judiciais e os preceitos legais da investigação e insistir em promover “alienação que sabe ilegal”.
Durante a operação, uma lancha, um jet ski e um veículo foram apreendidos na casa do investigado.
Operação Huracán
Elizeu Silva Cordeiro já tinha sido preso durante a Operação Huracán, no início de novembro.
As primeiras prisões da Operação Huracán foram em março deste ano. Na ocasião, a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF/Corpatri), da Polícia Civil do DF, prendeu também o youtuber e empresário Kleber Rodrigues de Moraes por integrar uma associação criminosa interestadual que praticava jogo de azar e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação da PCDF, o grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas e fazia a lavagem do dinheiro por empresas de fachada e testas de ferro. O esquema, de acordo com a polícia, "era altamente lucrativo, e apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos".
De acordo com a polícia, além de não ter autorização para as rifas, o grupo realizava os sorteios sem recolher os impostos e fazia a lavagem do dinheiro ao comprar novos carros para continuar o esquema.
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Veículos de luxo foram apreendidos na mansão e na loja do suspeito Kleber Rodrigues. Na casa dele, no Park Way, foi apreendida uma Lamborghini Huracán, avaliada em R$ 6,5 milhões. Na loja dele, em Samambaia, estavam um Audi, uma Mercedes e um Nissan esportivo.
A segunda fase da operação começou em novembro, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Vicente Pires (DF) e em Belo Horizonte (MG). Durante a ação, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 12 milhões das contas dos investigados. Além disso, dois carros de luxo foram apreendidos: uma Lamborghini e um Gallardo, avaliados em R$ 5 milhões.
Esse último seria sorteado pelas redes sociais neste sábado (12), segundo a investigação da polícia, que afirma que desde o início da apuração, que mira a exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, R$ 22 milhões foram bloqueados das contas dos envolvidos.
* Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro