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‘Glória à Rússia’: soldado ucraniano tem frase marcada na pele durante cativeiro em prisão

Imagem confirmada por autoridades mostra cicatrizes de tortura sofrida por prisioneiro de guerra da Ucrânia

Internacional|Do R7

‘Glória à Rússia’: soldado ucraniano tem frase marcada na pele durante cativeiro em prisão russa Divulgação/Clash Report

Um soldado ucraniano que foi mantido em cativeiro em uma prisão russa teve a frase “Glória à Rússia” mutilada no abdômen. Uma foto que mostra o ferimento, bem como cicatrizes extensas e outros sinais de violência, tem circulado na internet.

A autenticidade da imagem foi confirmada pela inteligência militar ucraniana, de acordo com o United24 Media, site especializado na cobertura da Ucrânia (a imagem, que tem conteúdo sensível, pode ser vista abaixo).

Segundo as autoridades, o registro foi feito por um médico durante um exame de rotina em um centro de reabilitação regional, após uma das recentes trocas de prisioneiros feitas entre os dois países.

“Esta é uma imagem real. O médico não conseguiu ficar em silêncio diante da gravidade dos ferimentos e a publicou”, disse nesta terça-feira (10) Andriy Yusov, porta-voz da Diretoria Principal de Inteligência (HUR) do Ministério da Defesa da Ucrânia e vice-chefe do Centro de Coordenação para Prisioneiros de Guerra.


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Segundo Yusov, cerca de 90% dos soldados ucranianos libertados têm relatado condições precárias de detenção, incluindo falta de assistência médica, perda de peso significativa e tortura.

“Há uma diferença gritante entre a condição dos soldados ucranianos que retornam para casa e a dos russos que voltam à Rússia”, disse.


Yusov disse que deve existir pressão internacional para que organizações como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) tenham acesso aos locais de detenção, que permanecem sem transparência.

Pelo menos 206 prisioneiros de guerra ucranianos morreram em cativeiro russo desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em 2022, de acordo com uma investigação publicada pela agência de notícias Associated Press (AP) no último dia 27.


Imagem confirmada por autoridades mostra cicatrizes de tortura sofrida por prisioneiro de guerra da Ucrânia Divulgação/Clash Report

‘Política de Estado’

Um representante da Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, em entrevista ao United24 Media, disse que casos como o do soldado mutilado não são isolados.

“A maioria dos ucranianos em cativeiro russo é mantida em condições desumanas. A tortura é uma política de Estado, não ações de indivíduos desonestos”, afirmou. Ele acrescentou que os prisioneiros, muitos com menos de 25 anos, enfrentam impactos físicos e psicológicos graves, exigindo apoio prolongado para reintegração.

“É crucial que o mundo veja o que nossos defensores enfrentam”, enfatizou Yusov.

Uma investigação do jornal norte-americano Wall Street Journal, publicada em fevereiro de 2025, revelou que agentes penitenciários russos ordenam torturas, como choques elétricos, espancamentos e negligência médica, desde o início da invasão. Ex-agentes descreveram os abusos como sistemáticos e sancionados pelo Estado.

A Ucrânia mantém programas de reintegração para apoiar a recuperação de ex-prisioneiros, mas a falta de monitoramento internacional nos locais de detenção russos continua sendo um obstáculo.

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