Guarda Civil indicia 39 jovens por usar galinha como bola de futebol em festa na Espanha
Incidente em Villamediana de Iregua, na região de La Rioja, também resultou em sanção proposta contra empresa de segurança por falha na proteção de dados
Internacional|Do R7

A Guarda Civil da Espanha identificou e indiciou 39 jovens, com idades entre 17 e 20 anos, por supostamente usarem uma galinha como bola de futebol durante a tradicional festa dos Quintos, realizada em fevereiro deste ano, na cidade de Villamediana de Iregua, na comunidade de La Rioja.
O grupo, formado por homens e mulheres moradores da região metropolitana de Logroño, foi denunciado administrativamente por violação grave da Lei de Proteção dos Direitos e Bem-Estar dos Animais, segundo o jornal El País.
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A investigação teve início em agosto do ano passado, quando dois jovens, de 17 e 18 anos, foram apontados como principais suspeitos de maus-tratos a animais por espancar a galinha e usá-la como bola durante o evento.
Os dois primeiros suspeitos foram levados aos tribunais, enquanto os outros 39, identificados nos últimos meses por agentes do Serviço de Proteção à Natureza (Seprona) da Guarda Civil, enfrentam agora sanções administrativas.
A pena prevista para a infração varia de € 10.001 a € 50.000 (equivalente a cerca de R$ 60.000 a R$ 300.000). Caso a violação seja classificada como muito grave, a multa pode ultrapassar € 50.001 (mais de R$ 300.000).
O incidente, que ocorreu em um espaço cedido pela Câmara Municipal de Villamediana na escola pública da cidade, foi registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais, gerando indignação.
A Guarda Civil de La Rioja detalhou, em comunicado divulgado na quinta-feira (19), que os jovens são todos cidadãos espanhóis e moradores de cidades próximas a Logroño, segundo a agência de notícias EFE.
Além dos jovens, a empresa de segurança responsável pelo sistema de videovigilância no local também está na mira das autoridades. A Guarda Civil propôs uma sanção contra a companhia por uma violação gravíssima da Lei de Proteção de Dados Pessoais.
De acordo com o El País, a empresa não forneceu os dados necessários para a prevenção, detecção, investigação e repressão de infrações penais, nem para a aplicação de sanções ou proteção contra ameaças à segurança pública. A multa para essa infração pode variar de € 360.001 a € 1.000.000 (cerca de R$ 2,16 milhões a R$ 6 milhões).
