Manifestantes de Columbia sabiam de antemão dos ataques de 7 de outubro, diz documento
Processo afirma que ativistas anti-Israel fizeram propaganda ‘três minutos antes do grupo terrorista Hamas começar seu ataque’
Internacional|Do R7

Um novo processo federal nos EUA contra os organizadores e apoiadores das manifestações pró-Palestina na Universidade de Columbia foi protocolado na segunda-feira (24), em um tribunal federal de Manhattan, Nova York.
A queixa alega que os líderes estudantis, além de atuarem como um braço de propaganda do grupo terrorista Hamas, também sabiam previamente da série de ataques ocorridos em 7 de outubro de 2023 contra Israel.
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O que é o processo?
A queixa de 79 páginas foi apresentada sob a Lei Antiterrorismo e Estatuto de Tortura Estrangeira, por vítimas e parentes dos mortos ou sequestrados pelo grupo terrorista Hamas nos ataques.
Uma das autoras do processo, Iris Weinstein Haggai, uma cidadã dos EUA, entrou com a ação em nome de seus pais, Judy Lynne Weinstein e Gad Haggai, que foram levados de sua casa no Kibutz Nir Oz. Seus corpos não foram recuperados.
O processo acusa os grupos ativistas Students for Justice in Palestine (SJP), Jewish Voice for Peace (JVP) e Within Our Lifetime (WOL) de atuarem como “braço de propaganda americano” dos terroristas do Hamas.
“Eles responderam em tempo real, organizando uma campanha coordenada de propaganda com o objetivo de apoiar e amplificar a mensagem do grupo terrorista em solo americano”, afirma o novo processo federal.

Quais os argumentos apresentados?
De acordo com o documento, existiu uma colaboração entre os ativistas e o grupo terrorista Hamas, citando mensagens criptografadas, kits de material de propaganda, ações coordenadas no campus e materiais pró-terror marcados com o logotipo do Hamas Media Office.
O processo inclui um documento chamado “NSJP Toolkit”, que contém instruções e gráficos promovendo um “Dia de Resistência”.
Segundo o processo, uma série de propagandas pró-Hamas foi publicada em uma rede social “3 minutos antes dos ataques começarem em Israel”. Esse material também incluía imagens do Hamas, materiais de marketing e um chamado para mobilização global.
As publicações nas redes sociais fazem parte do kit de guias de protesto que começou a circular em 8 de outubro, um dia após o ataque dos terroristas do Hamas que matou mais de mil pessoas. “Deve ter sido preparado com antecedência”, diz o processo.
Por que a Universidade de Columbia está envolvida?
A faculdade tem estado no centro de uma série de questoes envolvendo protestos pró-Palestina e do suposto antissemitismo no campus.
O governo Trump cancelou recentemente cerca de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) em bolsas e contratos federais para a universidade, localizada em Nova York, citando a suposta falha da instituição em proteger os estudantes judeus do assédio antissemita ligado ao ativismo pró-palestino.
Além disso, Mahmoud Khalil, um ativista palestino, ex-aluno de pós-graduação da Columbia e um dos réus do processo, foi preso este mês pelas autoridades federais de imigração, mesmo tendo autorização de “residência permanente”, afirma o documento.
Ele continua detido, sem acusações criminais formalmente registradas, mas o governo americano mantém a acusação de se alinhar ao Hamas e de ter ocultado informações em seu pedido de green card, documento que permite o imigrante viver e trabalhar legalmente nos EUA.
O que acontece agora?
Os demandantes devem entregar formalmente a queixa a cada réu nomeado, incluindo os líderes e organizações individuais. Uma vez entregues, cada réu tem 21 dias para apresentar uma resposta.