Seca histórica e mudanças climáticas fizeram Brasil perder 400 mil hectares de superfície de água
Estudo realizado pelo MapBiomas revelou que região foi perdida no período entre 2023 e 2024; Pampa gaúcho foi o único bioma não afetado
Jornal da Record News|Do R7
O Brasil perdeu 400 mil hectares de superfície de água em apenas um ano, o equivalente a uma área com mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Esse dado faz parte de um estudo realizado pelo MapBiomas Água, que comparou informações de 2024 com as do ano anterior.
Em entrevista ao Jornal da Record News desta sexta-feira (22), Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, comenta os resultados do estudo. Entre os principais fatores para a perda está a seca histórica registrada em 2024, principalmente nos meses de setembro, outubro e novembro — a seca mais severa dos últimos 40 anos, desde a série histórica do órgão.
Esses períodos de estiagem são comuns durante o El Niño, que esteve presente nos últimos dois anos, mas sem tanta intensidade.
Combinado ao evento, Azevedo aponta que outro fator que prolongou a estiagem foi o efeito das mudanças climáticas, com o recorde de temperaturas no globo terrestre, causando mais períodos de secas.
Dentre os biomas mais afetados, o coordenador destaca o Pantanal, na pior situação, perdendo aproximadamente 60% de sua superfície de água. Outra região que sofreu em intensidade as consequências da estiagem, segundo o estudo, é a Amazônia, com secas críticas registradas por dois anos seguidos. O Pampa foi a área menos afetada por conta das intensas chuvas que ocorreram durante o ano de 2024.
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