Teste: T-Cross 2025 evolui para manter a liderança após 5 anos
SUV Compacto passa a ter um novo padrão de faróis, interior e tem preços entre R$ 142.990 e R$ 175.000
O Volkswagen T-Cross foi o primeiro SUV da marca feito no Brasil e o segundo produto da linha MQB após a estreia do Polo. Com a preferência do público pelos SUVs, certamente a Volkswagen teria lançado primeiro o T-Cross e depois o Polo se a plataforma MQB tivesse estreado agora. E ao longo dos últimos cinco anos o T-Cross foi um produto estratégico para a marca que lidera o segmento de SUvs. Nesta semana após a apresentação, o R7-Autos Carros teve um primeiro contato com o T-Cross 2025.
A Volkswagen fez mudanças sutis, porém, providenciais no SUV compacto para mantê-lo atualizado diante da concorrência cada vez mais acirrada. Inspirando-se na versão europeia, o T-Cross ganha novo padrão de iluminação, semelhante à do Taos e do T-Cross europeu, a diferença fina na lanterna traseira que no velho continente a assinatura em LED é em formato de “X” e não em “C” como a versão brasileira.
O interior também passa a contar com um novo desenho mais moderno. O acabamento ganha mais forrações nas portas, novo padrão de painel e multimídia mas também há algumas perdas como farol de neblina e também a luz de projetor em prol de um LED mais simples. Agora, a montadora não mexeu na mecânica, mantendo uma boa dinâmica de condução com os motores 1.0 TSi e 1.4 TSi. Os preços variam entre R$ 142.990 e R$ 175.990. Isto posto, o R7 Autos Carros esteve no lançamento do novo Volkswagen T-Cross e andou em um percurso de 7 km por São Paulo; veja como foi.
Na mecânica não se mexe
Bom, o ideal para começar a falar do Volkswagen T-Cross seria destacar as mudanças externas, mas o que torna o SUV compacto em um modelo consagrado nas vendas é certamente a mecânica, que não mudou, uma vez que a marca seguiu o lema de “em time que está ganhando não se mexe”.
Pois bem, os motores 1.0 TSi e 1.4 TSi foram mantidos, sendo o 1.0 para versão 200 TSI e Comfortline e o 1.4 para configuração Highline. Com isso, o cliente do T-Cross, que está acostumado com um modelo dinamicamente bem construído não sentirá diferença. Portanto, a suspensão é robusta para encarar as buraqueiras das ruas brasileiras, a transmissão de seis marchas tem um bom escalonamento e não atrapalha em retomadas ou na aceleração e, por fim, a versão com motor 1.0 TSi de até 128 cv e 20 kgfm de torque tem fôlego para encarar subidas íngremes e deslancha bem mesmo em baixas velocidades.
Em relação ao motor 1.4 TSi de até 150 cv e 25,5 kgfm, o Volkswagen T-Cross fica até mais divertido em guiar no modo Sport, até lembrando um hatchback médio.
Já sobre o consumo, a Volkswagen divulgou dados que estarão no Inmetro nos próximos meses. As versões com motor 1.0 TSi fazem com gasolina 11,9 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada e com etanol fica na casa dos 8,1 km/l na cidade e 9,8 km/l na rodovia. A configuração topo de linha com motor 1.4 TSi tem o consumo na casa dos 11,7 km/l na cidade e 14 km/l na rodovia com gasolina e com etanol o consumo é igual a versão 1.0.
Alterações positivas
Entre as mudanças que caíram bem foram os faróis em LED tanto na dianteira quanto na traseira, que deixaram o T-Cross mais sofisticado embora tenha perdido faróis de projeção. Também ganhou rodas de liga leve com desenho mais ousados em todas as versões, bem como os bancos receberam novos revestimentos modernos. Outra alteração que caiu bem foi a multimídia VW Play de 10,1 polegadas colocada em uma faixa mais central do painel de modo flutuante, assim quem comprar o T-Cross terá um painel diferente de outros modelos da marca. Além disso, o equipamento é fácil de mexer, precisando de apenas três toques para fazer todas as funções. O Android Auto e Apple CarPlay conectam sem engasgos e nas versões mais caras há carregador de smartphone por indução.
Acabamento melhora
Todo mundo sabe que os modelos da Volkswagen deixam a desejar na questão do acabamento interno, embora tenham plásticos sem rebarbas e muito bem encaixados. Todavia, alguns rivais como Hyundai Creta, Jeep Renegade e Honda HR-V trazem um acabamento melhor com mais materiais soft touch pelo carro. No caso, a Volkswagen instalou revestimento “fofinho” apenas no apoio de braços e tecidos nas portas, além de uma faixa central no painel o que é muito pouco para um modelo que parte de R$ 142.990. Contudo, é preciso pontuar que a marca demonstrou preocupação ao ouvir os clientes e colocar materiais como o vinil no painel e com costura, mas segue sem o toque macio.
A Volkswagen sabe que tem um produto ainda bem competitivo nas mãos mais precisava mudar o T-Cross após cinco anos. Enquanto não chegam as versões híbridas, a motorização atual da conta do recado tanto no 1.0 quanto no 1.4. Embora a Volkswagen tenha anunciado que os preços não sofreram aumentos na linha 2025 na verdade alguns itens passaram a ser opcionais o que elevam o valor final do veículo quando considerada uma versão mais equipada. Estes detalhes podem ser vistos nesta matéria aqui.
Deste modo, o Volkswagen T-Cross é um modelo com uma boa dinâmica de condução, continua com seus principais principais atributos, melhora no acabamento e na oferta de itens de série ficando agora mais atualizado em relação aos modelos vendidos na Europa embora ainda não tenhamos por aqui, e não teremos a curto prazo, as opções com o motor híbrido.
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