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Hora News|Assista à íntegra da entrevista coletiva de Lula nesta quinta-feira (30)
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Assista à íntegra da entrevista coletiva de Lula nesta quinta-feira (30)

Alta no preço dos alimentos, aumento do valor do diesel e críticas de Kassab a Haddad foram algumas das questões abordadas pelo presidente

Hora News|Do R7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, na manhã desta quinta-feira (30), uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante a coletiva, a primeira em 25 meses, Lula abordou temas que geraram repercussão nacional nos últimos dias, como a alta no preço dos alimentos, o aumento do valor do diesel, as críticas de Gilberto Kassab, presidente do PSD, ao ministro Fernando Haddad, e outras questões do governo.

Altas nos alimentos

Sobre um dos temas que tem feito Lula se reunir com seus ministros nos últimos dias, o presidente explicou que trabalha com medidas para conter a alta no preço dos alimentos, mas afastou qualquer medida que fomente um “mercado paralelo”. Segundo ele, a solução deve girar em torno de um aumento de produção e diálogo com os empresários.

“Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravatas. Não farei cota, não colocarei helicóptero para viajar à fazenda e prender boi como foi feito no tempo do Plano Cruzado. Não vou estabelecer nada que possa significar surgimento de mercado paralelo”, garantiu Lula.

Críticas de Kassab

O presidente classificou como ‘injustas’ as críticas feitas por Gilberto Kassab (PSD) ao atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um evento para investidores em São Paulo, o atual secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo afirmou que o titular do posto não sabia comandar e era um ‘ministro da Fazenda fraco’.

“Acho que o Kassab foi injusto com o significado do companheiro [Fernando] Haddad no Ministério da Fazenda. Posso ter críticas pessoais à pessoa, mas não posso deixar de reconhecer que o companheiro Haddad começou o nosso governo coordenando a PEC da Transição, porque não tínhamos dinheiro para governar o país em 2023″, afirmou Lula.

Reforma ministerial

O governo segue com as articulações para uma reforma ministerial, com o objetivo de ampliar a participação de partidos do Centrão na Esplanada dos Ministérios. Na entrevista, Lula falou sobre a possível nomeação de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, para um cargo ministerial, afirmando que “trocar ministro é uma coisa da alçada do presidente”.

“Eu estava preso e fui um dos responsáveis para que a Gleisi virasse presidente do partido. Ela é um quadro muito refinado. Para ser do PT, tem que ganhar a confiança do PT. Ela tem condição de ser ministra em muitos cargos. Até agora, nada está definido. Ela não falou comigo, eu não falei com ela”, explicou Lula, deixando claro que ainda não há conversa formal sobre sua possível nomeação.

Independência de Galípolo

Quando questionado sobre o aumento da taxa de juros pelo Banco Central, Lula disse que o aumento na taxa de juros era esperado e que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, não poderia “dar um cavalo de pau no mar, em um mar revolto, de uma hora para outra”. Segundo o presidente, “já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente [Roberto Campos Neto], e Galípolo fez aquilo que entendeu que deveria fazer”.

“Temos consciência que é preciso ter paciência e eu tenho 100% de confiança no trabalho do presidente [do Banco Central] e tenho certeza que vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros melhor. No tempo que a política permitir que ele faça”, completou Lula.

‘Diesel mais baixo do que em dezembro de 2022’

Sobre a questão do aumento do valor do diesel anunciado pela presidente da Petrobras, Lula afirmou que “não autorizei o aumento do diesel . Desde o meu primeiro mandato, aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e seus derivados é a Petrobras, e não o presidente da República”.

O presidente também comentou que, caso a Petrobras precise realizar um reajuste, o preço ainda será inferior ao registrado em dezembro de 2022, mesmo sem levar em consideração a inflação de 2023 e 2024.

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