‘Careca do INSS’ diz que mídia criou personagem para atribuir crimes a ele
Durante sessão da CPMI, Antônio Carlos Camilo Antunes negou envolvimento nas fraudes contra aposentados e pensionistas
Hora News|Do R7
Durante depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga fraudes bilionárias no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), realizada nesta quarta-feira (25) em Brasília, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS', afirmou que a mídia foi responsável por atribuir a ele os crimes pelos quais está sendo investigado.
“Desde a deflagração da operação sem desconto, a mídia constituiu um personagem para tentar atribuir-me a responsabilidade por supostos crimes. Ocorre, entretanto, que tal narrativa não corresponde à verdade dos fatos, nem à minha verdade pessoal, nem àquela que muitos dos senhores aqui conhecem”, disse.
No instrumento jurídico, o empresário também atribuiu responsabilidade ao advogado Eli Cohen. “Hoje, terei a oportunidade de demonstrar que jamais fui esse personagem fictício, o chamado 'Careca do INSS', rótulo criado pelo senhor Eli Cohen, que induziu pessoas de bem, veículos de comunicação respeitados, profissionais de imprensa e toda a sociedade a acreditar em uma narrativa fantasiosa”, diz Antunes.
Fraude no INSS
Em abril deste ano, um esquema bilionário de fraudes no INSS foi revelado pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União). De acordo com a investigação, de 2019 a 2024, aposentados e pensionistas foram vítimas de associações e sindicatos, que os incluíram como associados sem consentimento e descontaram valores de seus benefícios. O prejuízo foi estimado em R$ 6,3 bilhões.
Preso em 12 de setembro, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS', é apontado como líder de um grupo empresarial envolvido no caso e intermediário financeiro das entidades associativas.
Antunes presta depoimento nesta quinta-feira (25) amparado em um habeas corpus, o que lhe garante o direito a ficar em silêncio e, portanto, não produzir provas contra si próprio.
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