Enamed: avaliar escolas médicas deve caminhar com análise de suficiência do profissional, diz médico
Participação no exame, lançado pelo MEC nesta quarta-feira (23), será obrigatória; notas podem ser usadas para ingressar em programas de residência
Jornal da Record News|Do R7
Uma das preocupações na formação de médicos vai além do conhecimento técnico e envolve também o aspecto humanizado da profissão. Em entrevista ao Jornal da Record News, Alcindo Cerci, conselheiro e coordenador do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz que a avaliação das escolas médicas deve caminhar paralelamente à análise da suficiência dos profissionais recém-formados.
O médico comenta o lançamento oficial do Enamed (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica), na última quarta-feira (23), pelo MEC (Ministério da Educação). A prova será aplicada anualmente e terá participação obrigatória para todos os estudantes que estiverem concluindo o curso de medicina. A nota do exame também poderá ser utilizada como critério de seleção para programas de residência médica.
“A proposta do exame de suficiência médica para o médico entrar no mercado de trabalho é um pouco mais. Ela testará também a qualificação ética, humanística e técnica do médico”, afirma Cerci. Ele ainda relembra que o acompanhamento das universidades já é feito há algum tempo por meio do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), realizado a cada três anos.
“O que nos preocupa é que precisamos tomar medidas efetivas desta avaliação para que de fato faculdades que não formam médicos em uma qualidade técnica mínima sejam fechadas e que a população esteja em segurança”, conclui.
Últimas