Entenda por que o avanço horizontal das cidades de médio porte pode representar um problema
Segundo Henrique Evers, o modelo de crescimento horizontal pode trazer impactos negativos
Record News|Do R7
Em entrevista ao Jornal da Record News de quinta-feira (27), Henrique Evers, gerente de desenvolvimento urbano do WRI Brasil, comenta os resultados do estudo que revelou um dado curioso: a quantidade de imóveis no Brasil tem crescido mais do que a própria população.
De acordo com o levantamento, a população das maiores cidades brasileiras está em processo de estagnação. Evers, que é um dos autores da pesquisa, afirma que esses dados levantam “uma série de questionamentos”, sobretudo porque grandes metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram um alto índice de verticalização.
Por outro lado — e ao contrário do que se esperava —, cidades de médio porte que vêm registrando crescimento populacional nos últimos anos seguem um modelo de expansão horizontal e espaçado em vez adotar construções mais altas e concentradas.
Segundo o especialista, essa tendência de horizontalização pode trazer impactos negativos, pois gera maiores custos com infraestrutura e amplia a pressão sobre áreas ambientalmente sensíveis. “Enquanto as cidades que estão estagnando em população são as que estão se verticalizando, aquelas que estão crescendo seguem um modelo de 50, 60, 70 anos atrás, que a gente já viu que traz uma série de problemas”, ressalta Evers.
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