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Ação sobre dinheiro doado a Paulo Câmara espera decisão após 4 anos

Em delação, executivo diz que empresa pagou R$ 15 milhões para campanhas de Campos e Câmara em 2014; governador nega

Brasília|Do R7

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara O governador de Pernambuco, Paulo Câmara

Passados quatro anos desde que o executivo Ricardo Saud delatou ter havido pagamento de propina para campanhas do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nas eleições de 2014 em Pernambuco, o caso segue sem previsão de julgamento. Segundo Saud, R$ 15 milhões foram destinados à candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República e à de Paulo Câmara, que concorreu ao governo do estado e foi eleito.

A delação de Saud, diretor da JBS, assim como a de outros nomes da empresa, foi suspensa em setembro de 2017, quatro meses depois do depoimento do diretor ao Ministério Público Federal (MPF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do acordo entre os diretores da empresa e o MPF, mas o caso ainda não foi analisado.

De acordo com a denúncia, a empresa pagaria inicialmente R$ 15 milhões para a campanha de Eduardo Campos à Presidência. Caso ele subisse nas pesquisas, a JBS injetaria mais recursos. Campos morreu em um acidente aéreo, aos 49 anos, durante a campanha para as eleições de 2014.

“Com a morte de Eduardo Campos, o Paulo Câmara e o Geraldo Julio [atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e prefeito de Recife à época] me procuraram e falaram ‘Olha, cara, temos que honrar aí, temos que organizar isso, porque temos que ganhar a eleição agora em Pernambuco, em homenagem ao Eduardo Campos. Paulo Câmara tá aí pra ganhar'”, afirmou Saud ao MPF.

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No depoimento, o diretor disse que Câmara pediu mais dinheiro e que as partes chegaram a um “meio-termo” sobre os valores, o que incluiria os R$ 15 milhões e “propina para o Paulo Câmara em dinheiro vivo”.

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Outro lado

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Atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara nega que tenha pedido e recebido propina. À época das denúncias, ele disse que repudiava veementemente a exploração política do depoimento de Saud. "Nunca solicitei nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores. Tenho uma vida dedicada ao serviço público. Sou um homem de classe média, que vivo do meu salário", diz Câmara.

À época, o então presidente do PSB, Carlos Siqueira, enviou nota em que afirma que as doações ao partido não foram repassadas ao diretório estadual de Pernambuco nem à campanha de Paulo Câmara. As outras pessoas citadas por Saud durante a denúncia também negam que tenham solicitado e recebido dinheiro da empresa de forma ilícita.

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