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Após confusão, Conselho de Ética aprova cassação de Glauber Braga; decisão vai a plenário

Político pode perder cargo por agressão a militante do MBL; ainda cabe recurso à CCJ e cassação depende de análise do plenário

Brasília|Do R7

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados - 09/04/2025

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), o relatório que propõe a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por agressão a um militante do MBL (Movimento Brasil Livre). Ainda cabe recurso da decisão. Agora, o processo contra o deputado será votado pelo plenário da Câmara, mas ainda não há data para que isso ocorra.

O colegiado aprovou o parecer por um placar de 13 a 5, em uma sessão que começou com atraso e contou com uma série de manifestações de apoiadores de Glauber. Também houve bate-boca e tumulto ao longo da sessão.

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Deputados aliados e a defesa do parlamentar questionaram o relatório apresentado na última semana por Paulo Magalhães (PSD-BA), em destaque à punição escolhida contra o parlamentar. Parlamentares também anunciaram que vão protocolar processos contra coduta de outros deputados da Casa.

Logo no início da sessão, o advogado de Glauber pediu por uma troca na relatoria, mas a solicitação não foi atendida. Aliados também pediram para que a votação ficasse para a próxima semana, em votos vencidos dentro do conselho.


Pelo relatório apresentado no Conselho de Ética, o deputado Magalhães considerou que Glauber Braga cometeu desvio de conduta na agressão Gabriel Costenaro, integrante do MBL.

“Diante das provas produzidas nos autos, verifica-se que o representado extrapolou os direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”, diz trecho da posição, que foi seguida por parlamentares.


Ao longo da análise do processo no Conselho de Ética, Glauber afirmou que agiu em legítima defesa. Ele apresentou vídeos mostrando abordagens anteriores de Costenaro em reuniões no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro.

No mesmo dia da apresentação do relatório, Glauber afirmou estar “tranquilo” com a proposta apresentada, mas também se disse “evidentemente indignado”.


Como próximos passos, o deputado afirmou que vai recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Além disso, anunciou uma greve de fome e que ficará nas dependências da Câmara até o fim do processo. A deputada Luiza Erundina (PSOL-RJ) disse que vai ficar ao lado do parlamentar no Congresso.

A líder do PSOL, deputada Talíria Petroni (RJ), disse que levará o assunto à reunião de líderes da Casa, prevista para acontecer na quinta-feira (10). Apesar de Glauber dizer que não quer negociar uma penalidade mais branda do que a cassação, Talíria disse que continuará tentando negociar um novo relatório. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que tentará acionar, ainda hoje, o presidente da Câmara.

Confusão

Durante a sessão, ainda aconteceram críticas à atuação do presidente do conselho, deputado Leur Lomanto (União-BA), que encerrou as discussões sobre o assunto com a aprovação de um requerimento do deputado Fabio Costa (PP-AL). A ala defensora de Glauber alega que Lomanto encerrou as discussões com parlamentares ainda inscritos para falar. Durante esse período, alguns manifestantes foram retirados do plenário do colegiado.

Outro ponto criticado foi a demora para a abertura da Ordem do Dia do plenário que, em geral, costuma ser iniciada por volta das 16h ou 17h. A líder do PSOL na Casa, deputada Talíria Petroni (PSOL-RJ), disse ter enviado mensagens e ligado para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrando explicações, mas que não foi atendida.

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