Bolsonaro recebe Braga Netto e militares das Forças Armadas no Palácio da Alvorada
Encontro não está na agenda oficial do presidente, que se reunirá nesta quinta-feira com o subchefe para assuntos jurídicos
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília, e Narla Aguiar, da Record TV
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada, o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em sua chapa, e militares das Forças Armadas.
A reunião não consta na agenda oficial de Bolsonaro, que tem apenas um encontro nesta quinta, das 11h às 11h30, com Renato de Lima França, subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.
A reportagem acompanhou a chegada de Braga Netto e de membros da Aeronáutica e do Exército. Procurados, o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa não responderam. O espaço está aberto para manifestação.
Recluso desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro, Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (23) e seguiu para despachar do Palácio do Planalto.
É a primeira vez que o chefe do Executivo vai ao local desde 3 de novembro, quando se reuniu rapidamente com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e se dispôs a contribuir com o governo de transição.
Desde o fim das eleições, Bolsonaro apareceu poucas vezes. O presidente fez um pronunciamento no Alvorada dois dias após o resultado das urnas e, em 2 de novembro, divulgou nas redes sociais um vídeo em que pedia aos apoiadores que desbloqueassem as rodovias do país em protesto contra o resultado eleitoral.
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Erisipela
Bolsonaro estaria com um quadro de erisipela, segundo o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. A infecção teria acometido a perna do presidente, que apareceu recentemente em poucas ocasiões.
A erisipela se caracteriza por uma mancha vermelha, brilhante, saliente e dolorosa, de acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. A doença afeta a camada mais externa da pele e os gânglios linfáticos próximos.
A enfermidade é comumente causada pela bactéria Streptococcus do grupo A, segundo o Guia ABX, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. O diagnóstico normalmente é feito por um médico em uma avaliação no próprio consultório.
O tratamento pode ser feito com penicilina, mas também há casos em que é necessário o uso de antibióticos diferentes, como trimetoprima/sulfametoxazol, clindamicina ou doxiciclina. Em ocorrências mais graves, existe a opção de vancomicina ou linezolida por via endovenosa.