Conheça os candidatos à Presidência do Senado
Disputa no Senado vai ser entre Davi Alcolumbre, Soraya Thronicke, Astronauta Marcos Pontes, Eduardo Girão e Marcos do Val
Brasília|Lis Cappi e Rute Moraes, do R7, em Brasília
A eleição para o comando da Mesa Diretora do Senado está prevista para acontecer às 10h deste sábado (1°). Na ocasião, os senadores vão eleger uma chapa para compor a cúpula da Casa, o que inclui um presidente e um vice-presidente. Os mandatos terão duração de dois anos, até fevereiro de 2027.
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Até o momento, há cinco candidatos à Presidência do Senado: Davi Alcolumbre (União-AP), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES).
O favorito a assumir o comando é Alcolumbre, atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Ele comandou a Casa entre 2019 e 2021 e, enquanto esteve na cadeira, chegou a assumir a Presidência da República de maneira interina, em 2019.
O parlamentar amapaense tem o apoio dos seguintes partidos: PSD, MDB, PT, PL, PP, PDT, PSB e União Brasil. Juntas, as legendas têm 79 votos. O senador também tem o endosso do atual presidente, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A história de Alcolumbre

Natural de Macapá, capital do Amapá, o parlamentar tem 47 anos e está em seu segundo mandato como senador. Ele chegou ao Senado em 2015, com 131 mil votos.
Alcolumbre começou na política no PDT, partido pelo qual se elegeu vereador de Macapá em 2000, com 24 anos. Também foi secretário de Obras do município. Em 2002, foi eleito deputado federal, sendo reeleito por duas vezes.
Em 2006, filiou-se ao Democratas, que tornou-se União Brasil mais tarde. Em 2018, candidatou-se ao Governo do Amapá, mas não se elegeu.
O amapaense não possui formação superior, tendo iniciado o curso de ciências econômicas no Centro de Ensino Superior do Amapá, mas sem concluir. De origem judaica, Alcolumbre chegou a atuar como comerciante. Em 2022, conquistou a reeleição como senador, com os votos de 196 mil eleitores.
Eduardo Girão

Aos 51 anos, o senador busca o primeiro mandato. Ele chegou a concorrer à Presidência da Casa em 2023, mas abdicou minutos antes da votação. Em 2024, disputou a Prefeitura de Fortaleza, mas não ganhou.
O parlamentar também não concluiu o ensino superior. Ele atuou como empreendedor durante muitos anos, principalmente nos setores de segurança privada e hotelaria.
Em 2004, fundou a Associação Estação da Luz, uma entidade sem fins lucrativos que atua na área social e na produção audiovisual. Em 2017, assumiu a presidência do Fortaleza Esporte Clube, deixando posteriormente. O cargo como senador foi o primeiro que ele teve na vida política.
Marcos Pontes

Ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro, Pontes tem 61 anos e se lançou como candidato à Presidência do Senado sem o aval do partido, gerando mal-estar no PL.
Filho de um auxiliar de serviços gerais e de uma escriturária, o parlamentar se formou na Academia da Força Aérea, tornando-se piloto de caça. Ele está em seu primeiro mandato como senador.
Pontes ficou conhecido por ser o primeiro e único astronauta brasileiro a ir para o espaço. Ele é formado como engenheiro aeronáutico no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), com mestrado em otimização de trajetórias orbitais.
O parlamentar também é mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, da Califórnia, nos EUA. Durante 40 anos de carreira, Pontes atuou como aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.
Soraya Thronicke

Formada em direito pela União da Associação Educacional Sul-Matogrossense, a senadora cumpre seu primeiro mandato. Ela chegou ao Senado em 2019 pelo antigo PSL, com 373.712 votos.
A senadora chegou ao Senado com o apoio de Bolsonaro, mas se distanciou do ex-presidente durante a pandemia da Covid-19. Em 2022, concorreu à Presidência da República pelo União Brasil, mas perdeu. Em 2023, deixou o União e filou-se ao Podemos.
Aos 51 anos, atualmente, ela comanda a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação do Senado, além de ser presidente estadual do Podemos.
A senadora começou a atuar na política participando de movimentos democráticos de rua, liderando protestos contra a corrupção e patrocinando ações judiciais contra o que classificava como abusos de poder e ilegalidades.
Apesar de o Podemos ter fechado questão com Alcolumbre, a senadora e Do Val mantiveram a candidatura.
Marcos do Val

Com 53 anos, o senador está em seu primeiro mandato. É militar do Exército Brasileiro, tendo atuado no 38º Batalhão de Infantaria. O parlamentar ainda é fundador do CATI (Centro Avançado em Técnicas de Imobilizações).
Ele entrou no centro do noticiário após ser investigado por expor e atacar nas redes sociais de delegados da Polícia Federal que investigam Bolsonaro e seus apoiadores.
Em 2024, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes chegou a bloquear até R$ 50 milhões das contas bancárias do parlamentar por descumprimento de ordens judiciais.
A decisão atingiu todos os subsídios, inclusive as verbas indenizatórias que ele viria a receber para manutenção do mandato. Depois, o magistrado autorizou o desbloqueio de 30% do salário do senador. O percentual equivale a R$ 13,2 mil da remuneração bruta de R$ 44 mil de um senador da República.