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Diretor-geral da Polícia Civil diz que avisou Secretaria de Segurança sobre riscos de manifestação

Segundo delegado, entre os presos neste domingo (8) estão pessoas com mandado de prisão por homicídio em aberto

Brasília|Hellen Leite, do R7, e Hariane Bittencourt, da Record TV

Governador Ibaneis Rocha (MDB) e o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido
Governador Ibaneis Rocha (MDB) e o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido Governador Ibaneis Rocha (MDB) e o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido

O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, delegado Robson Cândido, disse que a corporação havia alertado a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) sobre os riscos das manifestações que ocorreram neste domingo (8). O Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados por vândalos que não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após a situação sair do controle em Brasília, o governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e Lula editou um decreto para a intervenção federal no Governo do DF até o dia 31 de janeiro.

No início da noite, Cândido se reuniu com o interventor federal, Ricardo Garcia Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Segundo o diretor-geral, até as 22h, cerca de 170 pessoas estavam no Departamento de Polícia Especializada (DPE), detidas por participarem dos atos de vandalismo. Todos foram enquadrados no artigo 359-M do Código Penal, que consiste em "tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A pena prevista é de 4 a 12 anos de prisão.

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Segundo informações da Polícia Civil, entre os presos estão pessoas com mandado de prisão por homicídio em aberto. Os detidos passarão por audiência de custódia nesta segunda-feira (9).

Informações desencontradas

As informações sobre o número de presos ainda são divergentes. O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que, até as 20h30, aproximadamente 400 manifestantes haviam sido presos. Outra informação, confirmada pela Polícia Legislativa do Senado, indicou que 37 pessoas foram presas por invasão ao plenário da Casa. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que 200 pessoas haviam sido detidas, e 40 ônibus apreendidos.

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Caos na Praça dos Três Poderes

Durante a tarde, um grupo de pessoas contrárias ao resultado da eleição presidencial ignorou o bloqueio da Polícia Militar na Praça dos Três Poderes e invadiu os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.

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Uma bandeira com as cores verde e amarela foi extendida no Congresso Nacional. Os manifestantes também invadiram o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, e o Supremo Tribunal Federal (STF). As imagens mostram também que os policiais militares que estavam no local reagiram com bombas, mas sem sucesso.

Por volta das 20h, o secretário de Comunicação do governo Lula, Paulo Pimenta (PT), divulgou vídeos em que mostra como ficaram os gabinetes no Palácio do Planalto. Mesas, cadeiras, documentos, impressoras, computadores, televisores e obras de arte foram danificados.

Outros vídeos mostram os resultados da destruição das vidraças do palácio, além da depredação de equipamentos que ficam no 1º andar do Planalto. Nos corredores em que ficam os gabinetes, obras de arte foram quebradas e armários, depenados.

"Um caos que os vândalos fizeram aqui. Isso aqui é o patrimônio do país. É inacreditável como ficou o Palácio do Planalto", disse Pimenta, ao mostrar como ficou o gabinete no 2º andar do Palácio do Planalto, que é a sede do governo federal. "São marginais e têm que ser tratados como criminosos", pontuou Pimenta.

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