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Governo vai enfrentar oposição em relatorias de propostas da área econômica

O novo arcabouço fiscal, a reforma tributária e a Comissão Mista de Orçamento, na Câmara dos Deputados, estão nas mãos do PP e PL

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Alguns parlamentares reunidos no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília
Alguns parlamentares reunidos no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília Alguns parlamentares reunidos no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília

A votação da nova proposta de regra fiscal para as contas do país (chamada de arcabouço fiscal) e a discussão da reforma tributária serão testes de fogo para a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. As relatorias das duas propostas devem ficar com o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Já o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve ficar com a relatoria do Orçamento da União. Os dois partidos fazem parte da base da oposição ao governo Lula.

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O arcabouço fiscal é o tema mais importante para o governo no momento, e Lula vai ter que lidar com as críticas de parlamentares que fizeram oposição aberta durante as eleições. O relator da proposta ainda não foi anunciado, mas Lira confirmou que a relatoria vai ficar com o PP.

Nos bastidores, é dado como certo o nome do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara e cultiva proximidade com Lira. O presidente da Câmara já havia mostrado a preferência por um aliado na relatoria da proposta.

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Na semana passada, ele comentou que a apresentação da nova regra fiscal para substituir o teto de gastos feita pelo governo é "um bom começo", mas que a proposta precisa ser amparada por outras medidas econômicas e sugeriu que o governo vai precisar negociar com os parlamentares.

Pós-feriado e reforma tributária

O texto do arcabouço fiscal deve ser enviado ao Congresso após o feriado da Páscoa. Depois disso, o governo vai se concentrar na construção de uma proposta de reforma tributária, que deve ser apresentada em duas fases. A primeira foca a mudança da tributação sobre o consumo, e a segunda parte, com expectativa para ser apresentada no segundo semestre deste ano, a mudança dos impostos sobre a renda.

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O relator da reforma tributária na Câmara é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tem conduzido uma série de audiências públicas sobre o assunto. Ao todo, serão 16 encontros, e a entrega do relatório deve ocorrer até 16 de maio. A ideia é levar o parecer diretamente para o plenário.

Comissão Mista Orçamentária

No caso da Comissão Mista Orçamentária, a indicação do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP) para a relatoria foi anunciada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na semana passada.

Ao comentar a indicação, o ministro minimizou o fato de Motta ser oposição e disse que o "ambiente de conflito" entre os Poderes acabou. "Viramos a página", disse. Motta deve ser oficializado relator pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na próxima semana.

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