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Ministério de Minas estuda criação de novas usinas nucleares no país

Pasta considera a projeção da demanda de energia, as necessidades socioambientais e a atração de novos investimentos 

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Ministério de Minas estuda criação de novas usinas nucleares no país
Ministério de Minas estuda criação de novas usinas nucleares no país Ministério de Minas estuda criação de novas usinas nucleares no país

Com o objetivo de aumentar a participação da fonte termonuclear na matriz energética brasileira, o Ministério de Minas e Energia, chefiado por Bento Albuquerque, estuda locais para implementação de novas usinas nucleares no Brasil.

A informação consta no Plano Decenal de Expansão de Energia, cuja consulta pública foi aberta nesta segunda-feira (24). De acordo com o documento, os atributos de confiabilidade de geração, elevado fator de capacidade e livre de emissões de gases causadores de efeito estufa concretizam essa tecnologia como opção.

"O país é privilegiado também na oferta desse combustível, com grandes reservas de urânio, ambientes territoriais estratégicos para alocação das usinas, bem como domínio completo de toda a tecnologia do ciclo do combustível nuclear, desde a mineração até a montagem do elemento combustível", diz.

"Há de se ressaltar também o quadro técnico de pessoas com experiência de sucesso na operação e manutenção das usinas Angra 1 e 2, bem como centros de ensino e pesquisas na área nuclear", acrescenta.

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O estudo dos locais para implementação de novas usinas nucleares é feito pelo ministério em conjunto com o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), empresa do Sistema Eletrobrás— o convênio tem orçamento de R$ 7 milhões — e considera a projeção da demanda de energia, as necessidades socioambientais e a atração de novos investimentos para viabilizar a construção das usinas.

O PNE estima uma expansão de 8 a 10 gigawatts na oferta de energia nuclear nos próximos 30 anos. Atualmente, o país possui duas usinas: Angra 1 e 2 — a 3, por sua vez, ainda está em fase de construção. Quando entrar em operação comercial, a unidade será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) durante o mesmo tempo.

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Em outubro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro aprovou resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que estabelece as diretrizes para a definição do preço da energia elétrica produzida na usina Angra 3. A aprovação é uma medida necessária para a continuidade do processo de conclusão e exploração da termelétrica, localizada no Rio. O documento prevê que estudos do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e viabilidade econômica definirão valores de energia gerada pela usina. A previsão de entrada em operação é no fim de 2026.

Já a Angra 1, primeira usina brasileira, entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada, o mais utilizado no mundo, e gera energia suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes, como São Luís (MA) e Porto Alegre (RS). Angra 2, por sua vez, começou a operar em 2001 e tem capacidade de atender ao consumo de um município de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte (MG).

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